Portugal desinvestiu 655,9 milhões de euros em Angola
RELATÓRIO. Angola continua a ser o país, no conjunto dos que falam português, em que Portugal arrecada mais dinheiro, embora com sinais de redução. No mesmo sentido, no último ano, desinvestimento português foi bastante significativo, enquanto Banco de Portugal recomenda ao Governo angolano o cumprimento das reformas definidas pelo FMI.
O investimento directo português nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e em Timor-Leste registou um saldo negativo de 533,8 milhões de euros no ano passado, de acordo com relatório sobre a ‘Evolução das Economias dos PALOP e de Timor-Leste 2023-2024’, disponibilizado esta segunda-feira, 21, pelo Banco de Portugal.
O saldo negativo foi influenciado principalmente pelos desinvestimentos significativos feitos pelos portugueses em Angola, estimados em cerca de 655,9 milhões de euros, tendo como o sector mais afectado o da construção. Diferente de Angola, o regulador do mercado financeiro português refere que, para São Tomé e Príncipe, após anos de estagnação, se observou um investimento líquido de 85,8 milhões de euros, dirigidos principalmente ao sector do comércio.
No caso de Angola, a queda do saldo para terreno negativo surge após o registo de diminuição de 242,6 milhões de euros no investimento directo português nos PALOP, ao decrescer de 298,6 milhões, de 2021, para os pouco mais de 56 milhões, em 2022.
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