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Ministro dos Petróleos coordena grupo de trabalho

PR dá 60 dias para se viabilizar projectos de construção de refinarias

Medida vem expressa num despacho presidencial que começou a vigorar a partir do passado dia 27 de Dezembro.

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O Presidente da República, João Lourenço, criou, recentemente, um grupo de trabalho composto por altos membros do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e da Sonangol para que, no prazo de 60 dias, possam “analisar e dar o devido tratamento às propostas para a construção de refinarias em Angola”.

A medida vem expressa num despacho presidencial, de 27 de Dezembro, ao qual o VE online teve acesso, e é justificada pela “necessidade de se proceder a estudos e análises das propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias na República de Angola”.

O grupo ora criado é coordenado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, coadjuvado pelo secretário de Estado dos Petróleos, Paulino Jerónimo e pelo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino. Integram ainda o grupo de trabalho em causa, o director nacional dos Petróleos, Amadeu Correia de Azevedo e a vogal da Sonangol, Ana Maria Fonseca.

Em Novembro último, o Chefe de Estado angolano avisou a nova administração da Sonangol, que tinha acabado de tomar posse, sobre a necessidade de se construir uma refinaria em Angola, para reduzir as importações de combustíveis, depois de ter fracassado a criação da refinaria do Lobito.

"Não faz sentido que um país produtor de petróleo, com os níveis de produção que tem hoje e que teve no passado, continue a viver quase que exclusivamente da importação dos produtos refinados", apontou, na ocasião, o Presidente da República.

Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo em África e garante mais de 1,6 milhões de barris de crude por dia e para João Lourenço as possibilidades de construção de refinarias pelo Estado ou em parceria com privados "devem ficar em aberto".

"O que pretendemos é que o país tenha refinaria, ou refinarias, para que a actual fase que vivemos, de importação de derivados do petróleo, seja atirada para o passado. Eu sei que é possível e que podemos no próximo ano, em 2018, se trabalharem bem e rápido, dar pelo menos início à construção de uma refinaria para Angola", exortou o Chefe de Estado.