O Presidente da República, João Lourenço, considera que o estado das vias e a desvalorização do kwanza não constituem "impedimento" para o turismo em Angola porque há turistas que “gostam de apanhar poeira, chuva, lama”.

João Lourenço reconhece que o estado das vias e a desvalorização são um “problema”, mas que o estado das picadas acaba até por ser “desafiador”.  “Para o turista que gosta de aventura, o estado das vias, das picadas e das estradas de terra batida não constitui problema. De igual forma, a desvalorização da moeda também não é problema, porque não há nenhuma moeda no mundo que é 100% estável”, disse.  
 
O chefe de Estado fez estas declarações, no final da visita de dois dias ao Huambo, onde destacou o aumento de turistas depois do anúncio, no ano passado, da isenção de vistos a cidadãos de 98 países, entre eles Estados Unidos da América, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Rússia e China. “Neste curto espaço de tempo, o número tem sido bastante grande, a ponto de obrigar os serviços competentes de migração e estrangeiros a correrem para criar capacidade, num curto espaço de tempo, para receberem e tratarem o número crescente de turistas que, a partir de agora, vamos passar a receber”, enfatizou. 
 
João Lourenço lembrou também a responsabilidade do sector privado no turismo principlamente na construção e gestão dos hotéis e resorts. “O investimento deve ser privado. Quer na construção, quer na gestão das facilidades turísticas, algumas já existem, obviamente, mas há muito mais por construir”.