Presidência da República culpa Secretário pela nomeação de administrador já falecido
A Presidência da República atira culpas ao secretário para os Assuntos Jurídicos e Judiciais do Presidente da República, Francisco João de Carvalho Neto, por erro na nomeação de um administrador já falecido em 2020.
De acordo com uma nota, na página oficial da Presidência da República, mais de 24 horas depois, da divulgação do diploma com o nome de Rufino Manuel da Conceição Júnior que morreu em 2020, para exercer o cargo de administrador do Caminho de Ferro de Luanda, é de “única e exclusiva responsabilidade do Secretário para os Assuntos Jurídicos e Judiciais do Presidente da República”.
Ontem, o Presidente da República, João Lourenço, assinou um decreto a nomear Rufino Manuel da Conceição Júnior para área técnica dos Caminhos de Ferro de Luanda.
Depois de algumas horas de ter publicado os decretos presidenciais que nomeavam várias entidades de empresas ligadas aos transportes, a Presidência da República acabou por retirar o nome de Rufino Manuel da Conceição Júnior entre os nomeados dos Caminhos de Ferro de Luanda, logo depois da notícia do Valor Económico ter divulgado a sua nomeação.
De acordo com o histórico de edições na página do Facebook da Presidência da República Rufino Manuel da Conceição Júnior foi nomeado às 08h da manhã e foi desnomeado três horas depois.
Rufino Manuel da Conceição Júnior morreu em 2020 vítima de doença.
De acordo com uma nota de condolências na página oficial dos Caminhos de Ferro de Luanda, em 02 de Outubro de 2020, o antigo gestor teve um "currículo vasto” no sector dos transportes.
O antigo gestor nasceu em Luanda, no Rangel, em 1942.
O VE contactou a área de comunicação dos dos Caminhos de Ferro de Luanda que confirmou que o antigo administrador tinha falecido em 2020, vítima de covid-19, mas recusou-se a prestar mais informações e remeteu qualquer esclarecimentos à Presidência da República. “Também ficamos surpresos. Não entendemos como é que o senhor foi nomeado depois de já ter morrido”, confidenciou um dos trabalhadores da área de comunicação.
JLo do lado errado da história