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Quénia

Presidente Uhuru Kenyatta é empossado amanhã

27 Nov. 2017 Valor Económico Mundo

O Presidente queniano Uhuru Kenyatta vai ser empossado terça-feira (28), em Nairobi para o seu segundo e último mandato, noticia hoje (27), a AFP.

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A cerimónia de terça-feira marca o fim da crise política que afecta a economia daquele país do leste de África, iniciada com uma decisão do Supremo Tribunal que anulou a 1 de Setembro as anteriores eleições, de 8 de Agosto, ganhas por Urutu, que foram invalidadas, a pedido da oposição, devido as irregularidades verificadas na transmissão de resultados.

A decisão do tribunal tinha sido saudado pela oposição que qualificou o facto como uma oportunidade para os políticos quenianos de reforçar a democracia, escreve Nicolas Delaunay para a AFP. Entretanto, um novo clima de desconfiança surgiu quando Urutu Kenyatta foi proclamado vencedor das novas presidenciais, organizadas a 26 de Outubro último e boicotadas mais uma vez pela oposição.

Mesmo assim o Supremo Tribunal validou o novo escrutínio a 20 de Novembro, o facto foi festejado no feudo de Kenyatta, em contrate com as manifestações surgidas nos bastiões do opositor Raila Odinga, no oeste e alguns bairros de Nairobi reprimidas pela polícia.

Odinga, que já perdeu três eleições à presidência, prometeu a vinda de uma " terceira república", referindo-se a independência conquistada em 1963 e à nova Constituição adoptada em 2010. Kenyatta , de 56 anos e no poder desde 2013, venceu com 98% de votos nas eleições de Outubro realizadas com fraca participação (39%) por causa do boicote da oposição.

Os apoiantes de Odinga tentaram impedir a realização do escrutínio em quatro circunscrições do oeste sobre as 47 que conta o país. No entanto, muitos observadores sublinham que a crise actual vão exacerbadas profundas divisões sociais, geográficas e étnicas que atravessa esse país de 48 milhões de habitantes.

Nos feudos de Raila Odinga, de etnia Luo, reforça-se o sentimento de terem sido desclassificados, descriminadas não tidos em contra desde a independência do Quénia em 1963, contra os kikuyu, etnia de Kenyatta, que deu ao país três dos seus quatro presidentes.