ENERGIA. Dívidas à empresa pública atingiram os 94,2 mil milhões de kwanzas em pouco mais de dois anos e meio. Valor representa 68% do total da facturação. Na dívida, estão contabilizados os subsídios do Estado.

Entre Janeiro de 2016 e Agosto de 2018, a facturação da Empresa de Produção de Electricidade (Prodel) cifrou-se em 138,04 mil milhões de kwanzas, mas os recebimentos não foram além dos 43,6 mil milhões, inscrevendo um dívida de terceiros de 94,21 mil milhões.

Traduzidos em termos percentuais, os números precisam que a Prodel recebeu apenas 32% da facturação em dois anos e meio, os 43,6 mil milhões de kwanzas repartidos em 22,9 mil milhões de cobranças e 20,6 mil milhões de pagamentos dos subsídios ao preço pelo Estado.

Em relação especificamente a 2018, o ‘indicador de desempenho’ da Prodel regista uma facturação de 34,7 mil milhões de kwanzas nos primeiros sete meses, com os recebimentos ficaram-se pelos 10,4 mil milhões (30%), sendo 8,3 mil milhões de cobranças e a diferença resultante dos subsídios.

CONTAS DA PRODUÇÃO

O fornecimento de energia atingiu um valor acumulado, desde 2016, de 32,8 kw/h. No ano passado, foi de 9,5 kw/h, enquanto, até aos oito meses de 2018, o valor fornecido foi de 8,1 mil de kw/h.

A Prodel produz tanto energia hídrica como térmica. Até ao trimestre, a potência hídrica instalada foi de 2,6 megawatts, com a térmica a quedar-se nos 1,7 megawatts. A energia térmica consome quantidades avultadas de combustível (gasóleo e Jet B), fornecido pela Sonangol e subsidiado a 100% pelo Estado.

No terceiro trimestre de 2017, houve um aumento da produção da energia térmica de 19%, resultante da entrada em exploração de novos activos térmicos, além do défice verificado na produção hídrica motivado pelo baixo caudal.

O gasóleo representa mais de 90% nas necessidades de consumo para a produção de energia eléctrica de origem térmica.