Produção do Porto comercial de Luanda encolhe 20%
RESULTADOS. Apesar da queda do número de navios e de contentores, empresa portuária da capital foi a que mais carga movimentou no país, na primeira metade do ano.
O Porto Comercial de Luanda registou, no primeiro semestre do ano, uma queda na produção de 20% ao atingir 3.179.898 de toneladas, menos 783.198 em comparação ao período homólogo.
Os dados constam no boletim estatístico da empresa que indica ainda que a carga geral contentorizada diminuiu cerca de 25% (836.233 toneladas) para 2.494.547 toneladas. Na carga geral fraccionada, foram alcançadas cifras de 322.560,79 toneladas, uma redução de 38.733 toneladas, cerca de 11% em relação ao período homólogo.
Relativamente a cargas a granel, não foram movimentados granéis líquidos, enquanto, nos sólidos, se registou um avanço de 34% ao movimentarem 362.790 toneladas. No período em análise, escalaram no Porto de Luanda 1.853 navios, 261 dos quais de longo curso e 1.592 de cabotagem. A frequência de chegada para os navios de longo curso foi de aproximadamente 1.45 navios/dia, apresentando assim um decréscimo de 26% em relação ao mesmo período de 2017.
Na cabotagem, composta por navios de apoio à actividade petrolífera, houve uma média de chegada 8.84 navios por dia, um recuo de 10%, face ao mesmo período de 2017.
A agência de navegação com maior tráfego de navios foi a Niledutch, com 41 navios porta-contentores, isto é, menos 51 navios, o que corresponde a uma descida de 55% relativamente ao período homólogo. Com apenas um navio durante o período em análise foram as agências All Brokerage, Leman e Senamar. O Porto de Luanda é membro fundador da Associação dos Portos de Angola (APANG), uma organização que reúne empresas portuárias e operadores de terminais oficializados em 2014. A entidade surgiu com o objectivo de assegurar a defesa e a promoção dos interesses dos seus associados, além de contribuir para o desenvolvimento e modernização do sistema portuário angolano.
De um modo geral, as importações marítimas, no primeiro trimestre do ano, registaram uma redução de 20,73% para 1,2 milhões de toneladas de produtos diversos em relação ao período homólogo. Dados do Conselho Nacional de Carregadores indicam que, dos bens importados, o destaque vai para os alimentares, apesar de registarem significativas quedas. O Porto de Luanda voltou a ser o mais movimentado do primeiro semestre.
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