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PRIMEIRA FASE DO PROCESSO TERMINA EM 2018

Projecto prevê replantar 250 mil eucaliptos no Huambo e Benguela

REFLORESTAÇÃO. Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) acredita que a iniciativa vai recuperar os perímetros florestais e trará “benefícios” ambientais e sociais com a criação de postos de trabalho.

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Pelo menos, 275 mil espécies de eucaliptos devem ser plantadas no Huambo e Benguela no âmbito de um projecto que foi recentemente relançado no Alto Catumbela, em Benguela.

Numa primeira fase, entre 2017 e 2018, o projecto, que é uma iniciativa da empresa ‘Estrela da Floresta’, vai colocar 50 mil plantas de eucaliptos no Alto Catumbela numa área já preparada de 230 hectares.

Só na altura do relançamento do projecto, na passada semana, no Alto Catumbela, foram colocados no solo 11 mil eucaliptos, cujo período de florestação para a sua utilização e aproveitamento de exploração de madeira, industrialização de celulose e papel ou produção de laminados, é de entre oito e 15 anos.

No primeiro trimestre deste ano, foi criado um viveiro, no recinto fabril do Alto Catumbela, onde existem, actualmente, 90 mil mudas, das 500 mil de capacidade prevista de espécies de eucaliptos, que devem ser colocadas em 500 hectares, até 2019.

Projecto “benéfico”

Para o consultor Simão Jau, afecto ao Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), a recuperação de perímetros florestais trará “benefícios” quer florestais, ambientais, quer sociais.

Simão Jau considerou “importante” o trabalho que a empresa Estrela da Floresta pretende com a sua actividade, uma vez que, para além do repovoamento florestal, está igualmente a proporcionar o primeiro emprego a muitas famílias locais.

Referiu que, com a instalação da empresa, muitos jovens encontraram o seu primeiro emprego e o seu crescimento dará mais postos de trabalho e fortificará a base de produção florestal.

O responsável afirmou que o IDF, como órgão gestor da política florestal no país, está satisfeito com o desenvolvimento do referido projecto e, sobretudo, com as primeiras replantações da espécie, “uma iniciativa que deve ser incentivada para se continuar nesta senda do progresso”.

Para Simão Jau, com esse engajamento, será possível fazer a recuperação dos perímetros florestais, dada a necessidade de substituir as antigas plantações, que há muito atingiram a sua fase de maturidade, pelas novas espécies de eucaliptos.

Já o docente da faculdade de Ciências Agrárias do Huambo Lino Manuel Sangumba considerou que a empresa Estela da Floresta surge para “revolucionar a actividade no sector florestal”, cuja presença de estudantes do curso de engenharia florestal no evento, decorrido recentemente no Alto Catumbela, constituiu um incentivo para o emprego.

Acrescentou que o actual momento exige a diversificação da economia, cujas apostas para o sector florestal são a formação dos seus técnicos, com conhecimentos teóricos e práticos, para o ingresso nas possíveis empresas que podem proporcionar o emprego.