Quase 80% dos empregos em Angola são informais, só 2,6 milhões têm emprego formal
TRABALHO. Taxa de desemprego está longe do perspectivado pelo Governo no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023- 2027. Mulheres são as mais afectadas pelo desemprego, enquanto o país tem de criar 700 mil empregos para travar a onda de população desempregada.
A população económica activa no país aumentou para os 17,8 milhões no primeiro semestre do ano em curso, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que continua sem publicar os dados referentes ao período homólogo.
Dos 17,8 milhões, cerca de 12,1 milhões de angolanos estão empregados, com os homens (6,047 milhões) a liderarem a estatística com mais 13.620 do que as mulheres. Mas, ao contrário do que a instituição responsável pela estatística demonstra sobre o crescimento do emprego, apenas 2,6 milhões (21,6%) têm emprego formal.
O número da população empregada tem sido ‘empurrado’ nominalmente pelo sector informal, que tem um peso de 78,4% (com 9,4 milhões) do total de emprego reportado pelo INE (ver gráfico). Nos primeiros seis meses do ano, o sector informal introduziu no mercado 109.280 empregos, menos 122.076 do que o colocado pelo formal.
Os novos 231.356 empregos formais estão ainda assim abaixo dos 700 mil que o Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada (Cinvestec) defende que têm de ser criados para travar o desemprego.
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