Quem se compara a colono, colono é
É inevitável. Uma governação longeva e autoritária também se resume necessariamente num cúmulo de contradições insanáveis. Além da arrogância exacerbada, extraída da ilusão do poder ilimitado; excluída a incompetência grave, traduzida na incapacidade de se resolverem os problemas críticos do país, as contradições também são uma marca cristalizada dos poderes intermináveis. Não raras vezes, as incongruências atingem tal ordem que evoluem para a inconsciência, para o disparate e para a tolice.
José Eduardo dos Santos, depois de três décadas no poder, perdeu noção do tempo e espaço. Pelo menos no que parecia em muitas das intervenções públicas. As comparações à administração colonial e o recurso abusivo à guerra para explicar os fracassos da governação eram dois argumentos que muitas vezes se posicionaram entre a manipulação e a estupidez.
Feita a transição, com a anunciada ruptura da cultura política vigorada até 2017, muitos acreditaram na mudança do discurso e dos pretextos. Ledo engano. João Lourenço conseguiu superar o que parecia insuperável, agravando as contradições do regime por culpa da sua inegável incompetência discursiva, mas também por manifesta falta de substância nos argumentos.
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