ANGOLA GROWING
Durante seis meses

RDC proíbe importação de cimento

29 Aug. 2017 Valor Económico Mundo

As autoridades congolesas proibiram a importação de vários bens de consumo por um período de seis meses na região ocidental da República Democrática do Congo (RDC) para combater o contrabando e proteger a indústria local, noticiou ontem (28) a ‘AFP’.

cimento yeto

Autoridades congolesas mudaram as regras na fronteira A agência cita o ministro do Comércio da RDC, Jean-Lucien Busa, a afirmar, ontem, que a decisão recai sobre o cimento, açúcar, cerveja e refrigerantes, para “pôr fim à fraude e contrabando.”

Esta medida também visa proteger a indústria local do risco de ser absorvida por comerciantes que cobram preços abaixo dos custos de produção, acrescentou o ministro, rejeitando a tese de o país estar a “adoptar o proteccionismo.”

A AFP nota que, na região do sudoeste da RDC, na fronteira com Angola, um mercado próspero atrai pequenos comerciantes que compram a preços “extremamente baixos”, os quais o ministro do Comércio acredita que “não pagam direitos, nem impostos” e constituem uma ameaça à economia congolesa.

Uma cervejeira foi forçada a encerrar duas fábricas nas províncias do Equador (noroeste) e Kongo Central (sudoeste, fronteira de Angola)”, justificou o ministro, sublinhando que a RDC permanece “aberta ao comércio internacional.” Jean-Lucien Busa anunciou também a proibição da exportação de casca de quinquina ou “chinchona officinalis, para privilegiar a sua transformação” pela indústria farmacêutica local.

A cortiça da quinquina contém alcalóides, entre os quais o quinino, utilizado no tratamento do paludismo.