RNT anuncia linha de 7,9 mil quilómetros até 2025
ENERGIA. Mais de 10 mil cantoneiras e nove mil quilómetros de cabos eléctricos foram roubados. Empresa calcula prejuízos de cerca de 400 milhões de kwanzas.
Projecções da empresa da Rede Nacional de Transportes (RNT) apontam para o aumento das linhas da rede de energia de 4,6 para 7,9 mil quilómetros de extensão até 2025, em todo o sistema eléctrico que comporta as regiões norte, centro, sul e leste.
O director de gestão da rede de transporte, Lucídio Mouzinho, garante que o desempenho operacional é “óptimo, fruto dos últimos investimentos que permitiram construir novas subestações que concorrem para a estabilidade”. Foram reduzidos substancialmente os cortes de fornecimento provenientes da rede de transporte que, por hora, transporta nove gigawatts de energia, potência que vai aumentar à medida dos investimentos na produção e na distribuição de electricidade.
A RNT tem em curso a construção de uma linha de 400 quilómetros de rede que vai interligar as regiões do Norte ao centro, a partir de Laúca, passando por Wacokungo até chegar ao Huambo. O desafio continua a ser a interligação dos vários sistemas eléctricos. Material roubado Lucídio Mouzinho garante que a empresa ainda não começou a sentir os efeitos causados pelo vandalismo da rede, mas explica que “o material que está a ser roubado tem a função de proteger de descargas atmosféricas”. “Sempre que há uma descarga, este material faz o escoamento para terra a para minimizar os estragos ao equipamento”, detalha. A ausência deste equipamento pode causar disparos na linha, instabilidade no sistema, bem como sobretensões provocadas por descargas que colocam em risco vidas.
Ao longo de mais de 4,5 mil quilómetros de rede, os furtos têm sido maioritariamente de cabos de cobre e cantoneiras, ocorrendo com maior incidência na região do Norte e Leste do país e ainda em Luanda, Zaire e Moxico.
Já foi contabilizado o furto de mais de 10 mil cantoneiras, nove mil quilómetros de cabos que perfazem danos estimados em mais de 400 milhões de kwanzas, sendo que a empresa se propõe fazer a reposição com material menos atractivo para reduzir o vandalismo.
A RNT resulta da incorporação dos activos da unidade de negócio de transporte da extinta ENE, desenvolvendo-se em todo o território nacional, no âmbito do Decreto Presidencial nº 305/14, que extinguiu a Empresa Nacional de Electricidade (ENE-EP) e criou também a Empresa Pública de Produção de Electricidade (Prodel-EP) e a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (Ende-EP).
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