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SEGUNDO AVALIAÇÃO DO REPUTATION INSTITUTE

Rolex, a empresa mais reputada do mundo em 2018

26 Mar. 2018 Valor Económico Gestão

RANKING. Marca de relógios possui receitas anuais avaliadas em 4,7 mil milhões de dólares, mas, no ano passado, chegou a atingir o valor de 8,05 mil milhões de dólares. Este ano, a Rolex assume a liderança do ‘ranking’ pelo terceiro ano consecutivo.

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A Rolex, uma empresa suíça fabricante de relógios de pulso e acessórios, com sede em Genebra, foi considerada, pelo terceiro ano consecutivo, como a companhia mais respeitável do mundo em 2018, indica o mais recente ‘ranking’ do Reputation Institute (RI), uma firma de serviços de medição e gestão de reputações.

A marca já tinha sido distinguida como a mais valiosa, em 2017, pela BrandZ Top 100, um relatório elaborado pelo consultor de pesquisa Kantar Millward Brown, que classifica as principais marcas do mundo pelo seu valor estimado de mercado.

Fundada em 1905 pelo alemão Hans Wilsdorf, a Rolex possui, em média, receitas anuais avaliadas em 4,7 mil milhões de dólares, mas, no ano passado, a marca chegou a atingir o valor de 8,05 mil milhões de dólares. É uma companhia que dedicou todos os seus esforços para redefinir o que é vencer”, afirma o director de pesquisa do RI, Hahn-Griffiths, sobre a campanha da marca de relógios de luxo.

Ainda assim, ao longo dos anos, a nota da marca diminuiu para 79,3 no ‘ranking’, muito próximo de 80, que é a marca de excelência da RI. Desde 2006, o RI publica o ‘Global RepTrak 100’, um estudo anual da reputação corporativa. O ‘ranking’ deste ano revelou um declínio de, em média, 1,4 na pontuação do Top 100, a primeira regressão significativa desde o fim da Grande Recessão.

Para determinar as companhias mais reputadas do mundo, o RI, segundo a revista Forbes, entrevistou mais de 230 mil pessoas em 15 países entre Janeiro e Fevereiro de 2018. Segundo os critérios do ‘ranking’, todas as empresas devem ter receita superior a cinco mil milhões de dólares, presença em todos os países pesquisados e 40% da população geral dessas nações devem estar familiarizadas com a marca.

Comportamento ético, justiça, valor do produto e transparência são, entre outros, os factores mais importantes para determinar a reputação de uma empresa. Terá sido por essa razão, segundo a Forbes, que a Apple caiu 38 posições no ‘ranking’, estando agora posicionada em 58.º lugar.

O declínio, que não representou qualquer surpresa para os analistas, é explicado por incidentes como o conflito de criptografia com o FBI, as acusações de evasão fiscal, número decepcionante de vendas do iPhone X e as controvérsias sobre a adulteração de baterias.

LEGO PERSISTE NOS LUGARES CIMEIROS

Outros destaques incluem a Lego, a fábrica de brinquedos dinamarquesa, que surge em segundo lugar pela segunda vez consecutiva com uma nota de 77,9, graças à transparência e iniciativas sustentáveis como a produção de peças com materiais naturais.

Apesar de o grupo dinamarquês ter reportado, em Março, uma quebra de 8% nas receitas do ano passado, para 34.995 milhões de coroas dinamarquesas (5.792 milhões de dólares), a companhia conseguiu conservar o segundo lugar em 2018.

Segundo a empresa dinamarquesa, “enquanto as receitas nos mercados estáveis da América do Norte e da Europa desceram em 2017, o total de vendas ao consumidor em alguns destes mercados cresceu, particularmente nos últimos meses do ano”, sendo que o grupo “vê oportunidades de voltar a crescer nestas regiões e vai trabalhar de perto com os retalhistas”.

“O grupo vê também um grande potencial no mercado chinês, onde as receitas cresceram aos dois dígitos percentuais em 2017”, refere a Lego, recordando ter recentemente assinado um acordo de parceria “com uma das maiores companhias de Internet do país, a Tencent”, com o objectivo de “expandir ainda mais a presença neste mercado estratégico”.

Também prevista para o final de 2018 está a abertura de um escritório da Lego no Dubai “para apoiar o crescimento das operações no Médio Oriente e em África”.