“Se não houvesse o envolvimento do FMI, a situação económica seria pior”
De malas feitas para sair de Angola, Marcos Souto, representante do FMI, em exclusivo ao Valor Económico, mostra-se triste com a gritante pobreza, cujo nível diz nunca ter visto nos países em que passou. Acredita que, se o Governo angolano não implementasse as recomendações do Fundo, a crise económica actual seria pior. E defende a necessidade de o Governo melhorar o ambiente de negócio e pautar por uma alocação de recursos eficiente.
Em Fevereiro, o FMI estimou um crescimento económico em 3,5% e uma queda da inflação de 13,8% para 12,3%. Face à conjuntura, mantém as previsões?
Estamos a fazer uma reavaliação dos últimos acontecimentos que provavelmente levará à revisão das nossas projecções de crescimento, inflação e défice fiscal. Estamos a preparar um conjunto de números que estará disponível, talvez, em Setembro.
Neste caso, o cenário passa a ser pessimista. A economia vai contrair, certo?
Sim, exactamente neste sentido. Não tenho como avançar os números, porque ainda não foram fechados. Mas, em função do aumento da taxa de câmbio e o impacto da actividade petrolífera que sofreu um pouco com a queda na produção e uma inflação que tende a subir novamente, todos estes factores combinados nos levam a crer que haverá uma previsão mais baixa para o crescimento.
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