ANGOLA GROWING
I TRIMESTRE DE 2022

Segunda menor produção petrolífera dos últimos 5 anos

PETRÓLEO. Produção registou, no primeiro trimestre do ano, um aumento de cerca de
25 mil barris/dia, comparativamente ao período homólogo, posicionando-se como o segundo menos produtivo dos últimos cinco anos.

Segunda menor produção petrolífera dos últimos 5 anos

A produção petrolífera do país, no primeiro trimestre do ano, registou um aumento de cerca de 25 mil barris/dia, face ao período homólogo, posicionando-se como o segundo menos produtivo dos últimos cinco anos.

Nos primeiros três meses do ano, foram produzidos em média 1,161 milhões de barris/dia, números que apenas superam os 1,136 milhões de barris produzidos no mesmo período de 2021, no conjunto dos últimos cinco anos.

A maior produção foi de 1,519 milhões registada em 2018, seguindo-se a produção de 2020 que se cifrou em 1,402 milhões de barris/dia, segundo os dados da Organização dos Países produtores de Petróleo, elaborados com base nas fontes primárias.

Face ao período anterior, ou seja, o último trimestre de 2021, a produção aumentou 39 mil barris/dia. E, em comparação ao indicador do Orçamento Geral do Estado (1 147,9), a produção média do trimestre superou em cerca de 13,1 mil barris.

Os dados dão conta, por outro lado, que, em Março, a produção mensal voltou a cair, com menos 25 mil barris/dia, face aos 1,158 milhões de barris/dia produzidos em Fevereiro, quando a produção também recuou, no caso 35 mil barris, face a Janeiro.   

No primeiro mês do ano, entretanto, a produção arrancou em alta com mais 43 mil barris/dia em comparação aos 1,150 milhões de barris/dia de Dezembro de 2021.

Trimestre garante 34% das receitas anuais

As receitas fiscais petrolíferas do primeiro trimestre de 2022 foram de cerca de 2,068 biliões de kwanzas, representando cerca de 34% da receita anual prevista com o crude no Orçamento Geral de Estado, que foi de 6,118 biliões de kwanzas.

Segundo os dados das Finanças, mais 1,150 biliões, cerca de 55,6% do total, corresponde à receita da concessionária, resultante das exportações dos barris de petróleo a que o Estado tem direito, à luz dos acordos de partilha. Ou seja, do petróleo destinado à recuperação dos lucros (50% da produção total de um campo) é repartido entre o Estado (através da concessionária) e os grupos empreiteiros. A percentagem a que cada uma das partes tem direito varia com a taxa interna de rentabilidade do projecto e a partilha começa por ser feita a favor do grupo empreiteiro.

Mais 27 dólares por cada barril… 

No período em análise, o preço médio alcançado pelas exportações angolanas foi de 86,42 dólares, um adicional de 27 dólares face o preço de 59 dólares orçamentado.

Em termos de volume, foram exportados 103.129.738, perfazendo uma média de 1.145,9 mil barris/dia, menos 2,1 mil barris, face à produção de 1.147,9 mil barris/dia, projectada no Orçamento Geral de Estado.