Presidente da República autorizou uma despesa de 6,026 milhões de dólares para a aquisição de três robôs, de marca ‘Toumai’, para serem instalados no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento e no Hospital Geral de Cabinda.  

Através do Despacho Presidencial nº. 15/24, de 8 de Julho, João Lourenço justifica a despesa com a “necessidade imperiosa de implementação de cirurgia robótica em Angola, no sentido de se garantir uma melhor prestação do serviço de assistência médica às populações”.

Adriano Manuel, presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, diz não entender a razão que terá levado o Governo a determinar a aquisição de robôs nos hospitais, indicando que a medida representa “falta de atenção” das autoridades em relação “às questões balizares do sistema de saúde”. 

O sindicalista considera “insensata” esta decisão do Governo e afirma ser uma situação que agrava as questões basilares aos serviços de saúde pública em Angola. “Há hospitais que não têm medicamentos, existem hospitais em que  a enchente influencia negativamente para que tenhamos uma mortalidade elevada. Não parece sensato gastar dinheiro em robôs, quando não há medicamentos, quando não há orçamento nos hospitais”, critica.