Sonangol quer exportar mais derivados em África apoiando-se nas importações
ANÁLISE. Maior empresa pública quer solidificar presença em países vizinhos com venda de produtos refinados provenientes do estrangeiro enquanto não existir capacidade interna.
A petrolífera pública está inconformada com a quantidade insignificante de derivados de petróleo exportados para os países africanos, sobretudo para aqueles que partilham fronteiras com o país. O presidente da Comissão Executiva da Unidade de Negócios de Trading e Shipping da Sonangol, Luís Manuel, acredita que a empresa pode “assumir papel de prestador de serviço para alavancar a exportação de refinados” já este ano, mas apoiando-se nas importações visto que “não existe internamente capacidade”.
“Os números são bastante pequenos, o que deve ser relevante é que temos aberta a grande oportunidade de passar a exportar para a nossa região. Para 2024, vamos consolidar esta relação já estabelecida e incrementar as exportações para estes países. Entretanto, temos uma refinaria ainda pequena, o segmento de refinação tende a crescer, o que quer dizer que a quantidade de produtos deverá incrementar saídos da nossa produção interna. Enquanto isso não acontece, para nós consolidarmos a nossa presença nestes mercados, estamos a firmar acordos de agenciamento”, anunciou o responsável durante a apresentação dos resultados da petrolífera na última sexta-feira.
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