NO ACORDO COM A TOTAL

Sonangol revela gastos

PETRÓLEO. PCA da Sonangol garante que o contrato para a aquisição de gasolina, gasóleo e gasóleo marinho são melhores que os anteriores, cujos custos eram de 50 milhões por semana.

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A Sonangol gasta em média, por semana, 50 milhões de dólares na importação de todos os derivados de petróleo, com gastos anuais a atingir cerca de 2,6 mil milhões de dólares. O número foi revelado pelo presidente do conselho de administração da petrolífera, Carlos Saturnino, durante a assinatura de contrato para o fornecimento de gasolina ao mercado nacional pela petrolífera francesa Total, para um período de 12 meses.

“Isto (50 milhões por semana) dá uma ordem de grandeza de quanto nós gastávamos durante o ano todo”, referiu Carlos Saturnino, que, no entanto, se escudou na cláusula de confidencialidade para não revelar o que se poupa com o novo contrato que coloca a francesa como fornecedora de gasolina em substituição da Vitol.

O líder da Sonangol limitou-se a garantir que o contrato é “mais vantajoso” porque vai poupar “algumas dezenas de milhões de dólares”.

Carlos Saturnino esclareceu que a quantidade de gasolina chega para atender às necessidades do mercado. “Senão, teríamos feito um concurso com uma quantidade maior, portanto é preciso não esquecer que Angola também produz gasolina, mas não suficiente”. As refinarias de Luanda e Cabinda, em conjunto, satisfazem a volta de 20 a 25% do consumo total de Angola e “importamos entre 75 e 85% da necessidade”.

O director-geral da Total E&P Angola, Laurent Maurel, congratulou-se com a assinatura de fornecimento de 1,2 milhões de toneladas de gasolina, o que “se enquadra na estratégia de expandir o modelo de negócio, em particular no aprovisionamento e distribuição de produtos petrolíferos”.

Laurent Maurel destacou também o alinhamento estratégico entre a Sonangol e a Total, que permitiu a assinatura de vários acordos durante a visita do Presidente da República a França no final de Maio, como a activação da licença de exploração do bloco 48, a criação da ‘joint-venture’ entre as duas petrolíferas para a exploração de postos de abastecimento de refinados de petróleo, bem como o protocolo de atribuição de 50 bolsas de estudos para estudantes angolanos.

Em Março, a Sonangol divulgou o resultado do concurso para o fornecimento de derivado de combustível, anunciando a contratação da Glencore Energy UK Limited e da Totsa Total Trading para substituírem a Vitol e a Trafigura no fornecimento de produtos refinados, mas os termos dos novos contratos nunca foram revelados. O contrato visa a aquisição de 1,2 milhões de toneladas de gasolina, 2,1 milhões de toneladas de gasóleo e 480 mil toneladas de gasóleo de marinha.