Start up revende produtos do mercado informal
SERVIÇOS. Empresa já adquiriu diversos produtos alimentares acima dos 500 mil kwanzas às vendedoras dos mercados informais. Lucros situam-se entre sete e 10%, mas o empreendedor estima alargar o escopo de fornecedores.
Com as restrições impostas aos mercados informais e à venda ambulante, devido à pandemia do novo coronavírus, a startup angolana ‘Sócia’, vendedora de diversos produtos via internet, estendeu a sua linha de fornecedores aos ‘zungueiros’ (vendedoras ambulantes) e a outros comerciantes do mercado informal.
Augusto Firmino, CEO da empresa, explica que as fornecedoras são maioritariamente vendedoras do mercado do KM 30, em Viana, encerrado por falta de condições sanitárias. E o trabalho da Sócia, acrescenta, visa essencialmente diminuir o “sofrimento desta franja”, além de atender as pessoas que não podem sair de casa. “Esta é uma forma de ligar os compradores aos vendedores informais e diminuir a possibilidade de contágio pelo novo coronavírus. Fazemos a aquisição dos produtos e pagamos a pronto”, detalha, calculando que, desde a entrada em vigor do estado de emergência, a aquisição de produtos, como batata rena, cebola, tomate, batata-doce, abacate e coxa de frango, foi de mais de 500 mil kwanzas.
Nesta altura, a plataforma conta com nove zungueiras e várias vendedoras de mercados informais, número que Augusto Firmino tenciona rapidamente fazer subir, em resultado das “crescentes solicitações” que recebe de vários pontos de Luanda por parte de famílias que, nesta fase, não podem sair de casa para as compras. Nas quartas e sábados, a Sócia chega a fazer, em média, 40 entregas asseguradas por seis estafetas.
“Temos uma boa procura e precisamos, em média, de duas a três fornecedoras por produto”, explica.
O jovem empreendedor deixa, no entanto, claro que a actividade não gera “grandes” margens de lucros que variam entre 7 e 10%.
Além de fornecedores do mercado do KM 30, a Sócia conta com pequenos produtores agrícolas de Balombo, Benguela, mas o desafio dos próximos tempos passa por aumentar o número de fornecedores deste segmento, através de parcerias com famílias e cooperativas camponesas.
“Estamos a alargar o nosso escopo de fornecedoras para ver se conseguimos ajudar mais vendedoras e produtores, visto que o nosso serviço acaba sendo de mais fácil acesso do que os mercados”, observa o responsável da startup fundada em 2019.
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