TAAG corta prejuízos em 97,1%
RESULTADOS. Custos elevados transitados de exercícios anteriores impediram a companhia de chegar a resultados positivos em 2016. Quem o diz é o presidente do conselho de administração da empresa, em comunicado enviado às redacções na última semana.
O conselho de administração (CA) da TAAG cortou os prejuízos operacionais da transportadora pública em 97,1% para os cinco milhões de dólares, em 2016, face ao exercício anterior, anunciou a empresa em comunicado que atribui a auditoria às contas à consultora Ernest & Young.
Em 2015, a transportadora pública registou perdas de 175 milhões de dólares, desempenho que não é imputado, entretanto, ao actual CA, uma vez que a equipa da Emirates passou para a gestão da TAAG apenas no fim do terceiro trimestre do ano.
A empresa que fala em resultados “dramaticamente melhores em 2016” aponta, entre outras medidas, a redução do pessoal efectivo, que baixou em cerca de 8,4%, saindo dos 3.559 para os 3.268 funcionários, através de reformas planeadas.
Com o controlo da gestão da TAAG, a partir de 15 de Setembro de 2015, através do acordo entre o Governo e a Emirates, a equipa de Peter Hill, o presidente do concelho de administração (PCA), concentrou-se na eliminação de custos desnecessários, na melhoria da contabilidade e gestão financeira, além de ter redesenhado a rede de rotas e horários dos voos. Conjunto de tarefas que, colectivamente, elevaram o desempenho financeiro da empresa e mantiveram uma “operação segura e eficiente”, segundo o PCA da companhia.
Na avaliação do gestor britânico, os custos “tão elevados” que transitaram de exercícios anteriores impediram a companhia de apresentar resultados positivos em 2016, o que seria “uma notável reviravolta que, de certeza, encontra poucos paralelos no negócio da aviação”.
Em termos de desafios, a administração da companhia perspectiva apostar nos serviços ao cliente, com o objectivo de alcançar o nível de “melhor em África”, atraindo novos clientes e arrecadando mais receitas.
Apesar das condições gerais do mercado, a equipa de Peter Hill compromete-se a fazer o seu “melhor para repetir o bom desempenho em 2017”, considerando a margem ainda existente para a redução de custos e as oportunidades para a captação de receitas por explorar, “à medida que se continua a melhorar as equipas de planeamento de rede, de vendas e comercial”.
O PCA da TAAG assegura “um futuro promissor” para a companhia, com a meta de torná-la lucrativa antes de 2019, conforme projectado no plano de negócios da transportadora.
No comunicado, a companhia aérea assume que se tornou líder de mercado, por alguma distância, na rota Angola – Portugal, além de estar a expandir o negócio de voos de conexão entre a África Austral, Portugal e Brasil, sendo que a abertura da rota de Maputo, em Moçambique, em Novembro último, contribuiu para este esforço.
A TAAG recebeu dois novos Boeings 777-300, no ano passado, e agora opera oito Boeings 777 para os longos percursos e cinco Boeings 737 para as rotas regionais e domésticas.
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