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Decisão para respeitar acordos

TAAG vai ficar com aviões da Air Connection

DIEXIMTAAG vai ficar com aviões da Air Connection A transportadora aérea nacional, TAAG, foi autorizada pelo Governo a negociar com a Bombardier a aquisição dos seis aviões do tipo DH8-Q400, aparelhos que inicialmente estavam destinados ao extinto consórcio público-privado que iria assegurar os voos domésticos em Angola.

A decisão está expressa num comunicado de imprensa divulgado pelo Ministério dos Transportes, na semana passada, que sublinha a defesa da “lei, o interesse público e salvaguarda do interesse nacional”. Em Maio, a Air Connection Express assinou um contrato com a canadiana Bombardier, para o fornecimento de seis aviões do tipo Q400, numa parceria público-privada avaliada em 143 milhões de dólares.

O financiamento estava a ser assegurado por um sindicato bancário, liderado pelo BNI com os bancos de Desenvolvimento Afrexim, do Egipto, e o EDC - Export Development Canada, com 90% do capital para a aquisição das aeronaves.

O negócio foi abortado por decisão de João Lourenço e o Ministério dos Transportes decidiu extinguir a Comissão Técnica. De acordo com o porta-voz da TAAG, Carlos Vicente, “com a inexistência do consórcio, tudo reverte para a companhia”.

Além disso, acredita que vai significar um avanço na redução dos custos operacionais. As rotas domésticas são asseguradas pela TAAG, que opera com aviões do tipo Boeing que não estão dimensionados a operar em rotas curtas, o que torna mais onerosa a operação.

O presidente do conselho de administração da TAAG, João Kovingua, admite aplicar um conjunto de medidas, com destaque para a redução dos custos operacionais, apontando a necessidade de tornar os serviços prestados pela companhia mais atractivos, principalmente no mercado regional, procurando transportar o maior número de passageiros nas rotas intercontinentais, com destaque para Portugal e Brasil.

José Kovingua assume ter um elevado número de trabalhadores, admitindo “ajustar a força de trabalho às necessidades reais da companhia”, sem, contudo, falar em despedimentos. Dos mais de três mil trabalhadores, cerca de 1.500 vão passar à reforma.