TCUL reactiva serviços interprovinciais
TRANSPORTES. Operadora retoma, no próximo mês, as ligações com Benguela e Huambo, interrompidas há cerca de dois anos. Desde 2016 que autocarros da empresa viajavam apenas para o Kwanza-Sul e Kwanza-Norte, depois de já ter tido seis rotas no seu itinerário.
A empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL) vai reactivar, a partir do próximo mês, duas das quatro rotas interrompidas, há cerca de dois anos por incapacidade técnica, derivada essencialmente da redução da frota em cerca de 50%. A informação foi avançada ao VALOR pelo responsável da área de comunicação, Jesus Dias dos Santos, acrescentando que, dos 240 autocarros que a empresa recebeu, no ano passado, 25 passarão a fazer serviços interprovinciais, numa primeira fase, para Benguela e Huambo. A empresa apenas liga Luanda com Kwanza-Norte e Kwanza Sul, depois de já ter conseguido ligar a capital do país a seis províncias.
A entrada em funcionamento dos novos autocarros não vai implicar a contratação de novos trabalhadores por não ter havido despedimentos na sequência da redução da frota em cerca de 50%. Muitos motoristas e cobradores foram colocados noutras áreas, como na oficina e, agora, serão reitegrados nas funções anteriores.
As rotas provinciais foram sempre apresentadas como as mais lucrativas das empresas de transportes colectivos, devido à dificuldade de atingirem a velocidade comercial em Luanda por causa do congestionamento e do mau estado das vias. E também por praticarem preços livres, contrariamente ao transporte urbano.
O mau estado das vias, os engarrafamentos e as vias fechadas são ainda apresentadas como uma das principais razões da rápida deterioração das frotas. Em 2014, a TCUL perdeu num incêndio 84 autocarros no parque do Cazenga que tornou a situação da empresa ainda mais difícil.
Extensão das bases adiada
A empresa tem, desde 2012, um projecto de expansão das bases de transportes que, no entanto, não está a avançar conforme previsto. Por um lado, devido à falta de terreno, mas também porque, internamente, chegou à conclusão de que não fazia sentido ter muitas bases com uma frota de autocarros reduzida.
O projecto previa, além do alargamento da base do Cazenga, a construção da base do Zango, da Vidrul, do Benfica e do Grafanil. Contudo, foram construídas apenas a base interprovincial do Grafanil, que funciona desde 2012, e a base do Zango. A última funcionou durante algum tempo, mas foi encerrada há três anos, porque, segundo os cálculos da empresa, não se justificava ter duas bases em Luanda devido aos custos logísticos.
Fusão com a ABAMAT
Já é um facto a fusão entre a TCUL e ABAMAT, oficinas centrais da empresa de abastecimento de material para o sector automóvel. A ABAMAT tem três oficinas, uma das quais em Luanda, que foi reinaugurada em 2014 como resultado de um investimento de três milhões de dólares. As outras estão localizadas no Huambo e Benguela.
JLo do lado errado da história