ANGOLA GROWING
ANDREA MORENO, especialista em compliance

“Temos bancos comerciais que não estão preocupados em fazer um combate ao branqueamento”

Especialista em compliance está convencida que o combate à corrupção é um desafio para continuar, mas sugere ao futuro Governo que mude a ‘agulha’ e aposte no reforço de meios técnicos e humanos, em especial, no combate ao  branqueamento de capitais. Dura para com os bancos, Andrea Moreno sente que há pouco interesse da banca nas denúncias e defende a criação de um regulador para o imobiliário que é uma das fontes para irregularidades financeiras.

“Temos bancos comerciais que não estão preocupados em fazer um combate ao branqueamento”

Quais serão os principais desafios do futuro Governo no combate ao branqueamento de capitais?

Vamos continuar com os desafios que já temos. O Governo terá de reforçar as instituições de controlo para que tenhamos uma prevenção e combate ao branqueamento de capitais efectivo. As instituições têm de ser reforçadas tanto ao nível de prevenção como de investigação. É um desafio constante, porque grande parte do controlo e prevenção está na mão de entidades privadas, nomeadamente de bancos, das imobiliárias, das concessionárias de veículos.

Qual é a avaliação, ou que pontuação podemos atribuir, do nível de controlo existente?

Não é uma questão de pontuação. Diria que há algumas deficiências que podemos constatar ao nível de recursos técnicos e material. Temos pessoas qualificadas, estão a qualificar-se cada dia mais. Instituições como a AGT, IGAI, UIF estão a investir na formação dos seus quadros, mas logicamente devem ser dotadas de recursos técnicos. Temos duas fases, a prevenção e a investigação. A investigação envolve não só agentes internos, mas também uma cooperação internacional. A gestão de grandes dados envolve tecnologia. Envolve uma série de questões que exigem investimentos. Investigar crimes financeiros não é barato. É tudo muito electrónico, são muitos instrumentos de busca e isso requer muito investimento. E hoje carecemos de investimento técnico para poder dotar as nossas instituições, também é necessário fazer uma certa adequação legislativa para de poder dar mais dinâmica à investigação.

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