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VERA DAVES, MINISTRA DAS FINANÇAS

“Temos consciência de que não podemos aumentar muito mais taxas, porque as famílias e as empresas já estão expostas a condições adversas”

Ministra das Finanças, em entrevista ao Valor Económico, feita no intervalo do Conselho Consultivo, reconhece as dificuldades que as pessoas e a empresas atravessam. Afasta a possibilidade de se retomar o IVA Zero, mas admite que se estuda outras soluções para os preços dos combustíveis. Vera Daves anuncia alterações nas adjudicações de projectos já para este ano e elogia o trabalho do FMI e admite que os resultados das privatizações podem ser aplicados para capitalizar o Fundo Soberano.

“Temos consciência de que não podemos aumentar muito mais taxas, porque as famílias e as empresas já estão expostas a condições adversas”

Qual é o balanço que faz do Conselho Consultivo. Gostou? 

Sim, sem dúvida. Gostei do acolhimento por parte das autoridades locais, governo da província, administradores muito solícitos e a própria equipa local da AGT. Com temas a serem colocados com frontalidade, o que é sempre difícil, nestes fóruns. As pessoas coíbem-se um pouco e não dizem o que pensam, mas, desta vez, não aconteceu. Isso ajuda a termos recomendações boas, que depois vão calibrar o nosso trabalho. 

Ouviu algo que desconhecia?

Não. Globalmente, são confirmações de coisas que já suspeitávamos e só nos dão mais força para passar a gerir melhor, a corrigir documentos. No fundo, aperfeiçoar a nossa actuação. 

Muitas vezes pensamos que os conselhos consultivos dos ministérios não passam de encontros, cujas recomendações não passam disso. No caso do Ministério das Finanças, as recomendações têm sido efectivadas? 

Normalmente, fazemos um relatório com as recomendações. No Conselho Consultivo seguinte, a primeira coisa que fazemos é ler o documento que reflecte o balanço de implementação das recomendações e o balanço do Conselho Consultivo dá uma taxa de implementação de 85%. Isso mostra que levamos a sério o que discutimos.

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