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México

Terramoto faz dezenas de mortos

10 Sep. 2017 Valor Económico Mundo

Um forte terramoto que atingiu o México na madrugada de ontem (8) causou mais de 30 mortos no sul do país, informaram as autoridades que temem o aumento do número de vítimas. O balanço mais recente das vítimas mortais do sismo de 8.4 graus na escala Richter, dava conta de 33 mortos, segundo a AFP. Já a Reuters avançava com 32 vítimas mortais.

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A quantidade de vítimas tem sido revista em alta por diversas vezes, sendo o número cada vez mais trágico. Vinte e três pessoas perderam a vida em Oaxaca, segundo uma informação prestada pelo governador Alejandro Murat. Há mais sete mortos a registar no estado de Chiapas, incluindo duas mulheres atingidas em San Cristobal por uma casa e por um muro que desabaram.

Em Juchitán de Zaragoza, no Istmo de Tehuantepec, uma parte do palácio municipal desabou e muitas moradias foram afectadas, com um balanço de 17 mortos. Noutros municípios do Istmo, há informações de seis mortos, entre eles dois em Huamelula e outros dois em Ixtaltepec. À lista de perdas humanas, juntam-se duas crianças que se encontravam no estado de Tabasco.

Uma criança foi atingida por uma parede e um bebé morreu quando o ventilador a que estava ligado, num hospital pediátrico, desligou devido à falha de electricidade. Quanto aos feridos, o coordenador de Protecção Civil, Luis Felipe Puente, apontou que a Secretaria de Saúde prossegue a sua contagem nos hospitais. Além disso, a Secretaria de Comunicações e Transportes informou sobre deslizamentos de terras em algumas estradas e “pequenos danos”.

O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, disse numa mensagem a partir do centro de controlo de desastres que este tremor teve uma magnitude similar a um outro registado em 1932 e foi maior que o de 1985, de 8,1 graus e que provocou milhares de mortos e desaparecidos na Cidade do México, mas sublinhou que a cultura de protecção civil entretanto avançou.

Enrique Peña Neto advertiu a população para a possibilidade de nas próximas horas se registar uma forte réplica do terramoto de 8,4. Em declarações ao canal de televisão Televisa, Peña Nieto disse que os mexicanos precisam de estar muito atentos e que a réplica pode superar a magnitude de 7 na escala de Richter, depois de recordar que em 1985 ocorreu uma réplica muito potente, de 7,5, um dia depois do primeiro grande sismo de magnitude 8,1.

Assegurou que até agora o alerta de tsunami no sudeste do estado de Chiapas, onde se registou o epicentro do sismo, “não representa um risco maior” e considerou que 50 milhões de pessoas podem ter sentido o tremor de terra por todo o país. Peña Nieto disse estar no Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred), numa reunião com as secretarias da Defesa e da Marinha, assim como com a Comissão Federal de Electricidade, entre outras entidades, para fazer um “diagnóstico pontual” do que ocorreu e adoptar as medidas necessárias.

O Chefe de Estado apelou ainda à população para verificar os danos registados. “Vamos continuar a trabalhar para fazer uma avaliação mais precisa dos danos”, acrescentou. O sismo de magnitude 8,4, registado na costa sul do México, derrubou casas no estado de Chiapas e fez edifícios abanarem violentamente na Cidade do México.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico activou um alerta para o México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador.

Solidariedade internacional

A Presidente do Chile, Michelle Bachelet, enviou ontem ao seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto, um “abraço solidário”, depois do terramoto de 8,4 graus que atingiu o México e ofereceu ajuda do seu país. “Ofereço a nossa colaboração para o que necessitarem”, disse a governante na sua conta do Twitter.

O Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, manifestou solidariedade a Enrique Peña Nieto e ao povo mexicano, na sequência do abalo telúrico que provocou muitos mortos. “Uma solidária saudação ao povo mexicano após o terramoto.

Presidente Peña Nieto @EPN, conte conosco”, disse Santos, no Twitter. O Chefe do Estado colombiano manifestou a Peña Nieto a disposição da Colômbia de prestar ajuda nesta situação de emergência.