Trabalhadores da Angola Telecom marcam greve para dia 22
A comissão sindical dos trabalhadores da Angola Telecom marcou, para 27 de Dezembro, o início da greve em resposta à falta de consenso no último encontro com o conselho de administração da empresa.
Os trabalhadores deram entrada do caderno reivindicativo em Outubro, reclamando, entre outras questões, o aumento salarial, bem como atrasos reiterados nos pagamentos e falta de políticas habitacionais, além da falta de condições de trabalho.
A 24 de Novembro, a administração respondeu ao caderno reivindicativo, garantindo que tudo faria para responder positivamente a algumas exigências. Assegurou, no entanto, que não havia disponibilidade para atender a todas as reclamações de uma vez, devido à situação económica da instituição. A gestão culpou ainda os funcionários por serem os principais mentores dos estragos de alguns bens da empresa, adiantando que está em execução a troca de alguns equipamentos.
Sobre o aumento salarial, a administração respondeu que não se conseguirá dar resposta num curto espaço de tempo porque as dificuldades da empresa se tornaram “gritantes”, devido ao surgimento da pandemia, mas assegura que o assunto será discutido junto do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).
Na sequência da carta, os trabalhadores reuniram-se em assembleia a 10 de Dezembro e aprovaram mais um encontro com o conselho de administração que, entretanto, não correu como esperavam. Como consequência, decidiram paralisar. A concretizar-se, os telefones fixos estarão totalmente afectados, assim como a qualidade das operadoras móveis. Também se espera que os serviços bancários, emissão de passaportes e bilhetes sejam afectados.
Trabalhadores exigem reposição dos postos de trabalho ou indemnização