Transportadoras “agastadas com silêncio do Governo” sobre a situação da fronteira com a RDC e ameaçam nova paralisação
TRANSPORTE. Depois de uma paralisação de três dias em Fevereiro último, camionistas podem voltar a cruzar os braços e deixarem a província de Cabinda sem abastecimento, se o Governo não resolver a situação das altas taxas na fronteira da RDC.
A Associação de Transportes Rodoviários de Mercadorias de Angola (Atroma) diz-se “agastada” com a situação da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC) e ameaçam nova paralisação no corredor logístico Luanda-Luvo-Noqui, até Cabinda, passando pela RDC, por não verem resolvida a situação dos camionistas que continuam a ser obrigados a pagar cerca de 4,5 mil dólares na fronteira, contra os 4,5 mil kwanzas que os camionistas congoleses desembolsam para entrar em solo angolano. Na sequência da paralisação de Fevereiro passado, os motoristas receberam promessa de uma solução do Governo angolano em duas semanas, mas, passado um mês, não voltaram a ser contactados e a situação mantém-se, segundo apurou o Valor Económico.
“Não é vontade dos transportadores rodoviários fazer uma paralisação, sabemos o que a paralisação faz ao país, mas, há oito anos, temos o problema da fronteira do Luvo. Sempre que afecta, os congoleses implementam as leis deles que somos obrigados a cumprir e eles aqui quase que andam de favor”, desabafa Licínio Fernandes, secretário para Administração e Finanças da Atroma.
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