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Reforço das relações

Trump e Putin reúnem-se no G20

07 Jul. 2017 Valor Económico Mundo

O presidente norte-americano Donald Trump reuniu-se pela primeira vez com o seu homólogo russo Vladimir Putin, hoje (7), à margem da cúpula do G20 para tentar superar a relação agitada entre os dois países.

 

A cúpula dos 20 líderes dos países mais poderosos do mundo tem sido perturbada pelos muitos confrontos entre a polícia e activista anti-globalização nas ruas de Hamburgo, na Alemanha. "É uma honra estar com você", declarou Donald Trump ao cumprimentar o seu homólogo com um forte aperto de mão.

O presidente americano disse esperar que as discussões propiciem "uma série de elementos muito positivos para a Rússia, os EUA e todos os envolvidos". "Estou muito feliz em conhecê-lo e espero que este encontro termine num resultado positivo", ressaltou Putin. Os dois líderes conversaram por telefone quatro vezes desde a chegada ao poder de Donald Trump em Janeiro. Ao chegar à Casa Branca, Donald Trump, muito elogioso a Vladimir Putin, defendeu uma aproximação entre os dois países. Isso seria "maravilhoso", havia considerado.

Mas este ambiente amistoso logo se deteriorou, em meio a suspeitas de conluio entre a equipa de Donald Trump e o Kremlin, e novas sanções americanas contra Moscovo pela crise ucraniana. Na quinta-feira em Varsóvia, Donald Trump criticou abertamente o papel "desestabilizador" da Rússia, acusada pelo Ocidente de apoiar militarmente os separatistas pró-russos na Ucrânia.

Muitas outras questões dividem os dois países, incluindo a guerra na Síria. A este respeito, os dois países continuam a dialogar apesar das enormes divergências, principalmente após a destruição pelos americanos de um avião sírio que ameaçava, segundo eles, os seus aliados curdos.

O G20 discute outros temas difíceis, como o clima e o comércio, num centro de conferências transformado em campo de trincheiras diante dos activistas anti-G20 determinados a se fazer ouvir.

Milhares de manifestantes tentavam aproximar-se nesta sexta-feira à noite da Filarmônica de Elbe em Hamburgo, onde os 20 chefes de Estado e de Governo devem assistir a um concerto com as suas esposas.

A polícia de Hamburgo precisou pedir reforços para lidar com as manifestações anti-G20, depois que viaturas foram incendiadas, cerca de 160 polícias foram feridos e pelo menos 45 pessoas detidas.