Prioridade a ex-militares e a jovens em condições de vulnerabilidade

Turcos apostam em diversas áreas

O grupo empresarial germano-turco (GTAC - GmbH) pretende investir, no país, em vários sectores e empregar, sobretudo, ex-militares, jovens em condições de vulnerabilidade e portadores de deficiência.

Turcos apostam  em diversas áreas
D.R

Neste sentido, rubricou um acordo com o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), ocasião em que Irfan Sayar, PCA do grupo, adiantou ao VALOR que a primeira fábrica a entrar em funcionamento será a de farinha de trigo, com capacidade de produzir diariamente três mil toneladas. Fernando Alves, representante da GTAC – GmbH, precisou que, numa primeira fase, as fábricas serão implantadas na Zona Económica Especial Luanda – Bengo.

Sem avançar o valor do investimento, “por estarem ainda em análise elementos técnicos”, acrescentou que primeiramente serão construídas quatro unidades que poderão gerar 26 a 27 mil empregos directos.

 O gestor manifestou a intenção de implantar outras fábricas em diferentes pontos do país, assegurando terem condições de investir em “todos os sectores” pelo facto de disporem de “melhores tecnologias.”  “Com o decorrer do tempo, outras fábricas surgirão, porque nós não vamos pensar só no desenvolvimento de Luanda, porque Angola é de Cabinda ao Cunene. Há coisas que têm de se fazer nas zonas fronteiriças, de forma a expandir o mercado nos países vizinhos”, notou.

O investimento turco é apoiado pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, Vicente Soares, por “inspirar confiança e contribuir para o desenvolvimento empresarial em Angola”. “Os turcos poderão trazer fundos do seu país, nós vamos ajudar o Ministério na inserção dos nossos empresários, formação dos ex-militares e pessoas em vulnerabilidade”, garante.

Sector Têxtil

Face à “produção incipiente” de algodão no país, a GTAC – GmbH vai investir na sua cultura em Malanje, de forma a “manter funcional” a fábrica têxtil, de modo a evitar-se a dependência de grande parte de importações. “Angola foi um país que sempre produziu algodão, mas vive de importação. Em princípio, não vamos construir a fábrica e depois ficar parada. Vamos apostar na agricultura para garantir a matéria-prima”, assegurou Fernando Alves, acrescentando que a intenção é “cultivar o algodão em grande escala, na perspectiva de tornar Angola soberana numa cultura dominada antes do alcance da independência, pondo deste modo fim à importação”.