UA quer reduzir perdas pós-colheitas
Josefa Sacko, comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana (UA), garantiu que “estão a ser prestados apoios aos Estados-membros, no sentido de desenvolver políticas e estratégias para reduzir, em 50%, as perdas de alimentos pós-colheitas até 2025”, sendo que “mais alimentos economizados significam uma conta menor de importação de alimentos”.
Sacko, que falava aos serviços de informação do Banco Mundial (BM), reconheceu que “a importação de alimentos em África é muito alta”, e por isso espera que, “com a implementação, em força, da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA)”, o comércio intra-africano de bens e serviços agrícolas aumente. “Sendo a integração regional fundamental para a assistência do BM, a UA acredita, firmemente, nela, também como alicerce da integração das suas oito comunidades económicas, do continente e, concomitantemente, do sucesso da ZCLCA”, reforçou a embaixadora angolana ao serviço da UA.
Segundo Josefa Sacko, a UA pensa transformar a agricultura de mera fonte de subsistência para um negócio, independentemente da sua dimensão, levando pequenas fazendas a serem mais produtivas, “aumentar o valor da produção dos agricultores e promover as indústrias de agro-processamento”.
“Os pobres nos nossos centros urbanos são principalmente migrantes de áreas rurais que chegam às cidades, mas não têm habilidades necessárias para encontrar emprego adequado”, esclareceu, acrescentando que, “para reter jovens e mulheres empresárias nas áreas rurais”, a entidade está a “promover a segurança da posse da terra, especialmente para 30% das mulheres do continente até 2025”.
Nos próximos anos, disse ainda Sacko, “a UA pretende fortalecer a colaboração e parceria com o BM para transformar a agricultura africana, a fim de cumprir com as metas de Malabo, bem como com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
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