UIF, ENTRE MENTIRAS E A IGNORÂNCIA
Cerca de uma semana depois de Angola regressar à ‘Lista Cinzenta’ do Grupo de Acção Financeira (GAFI), o responsável máximo da Unidades de Investigação Financeira de Angola (UIF), Gilberto Capeça, decidiu desmentir o indesmentível. Ou, na pior das hipóteses, mostrar total ignorância sobre uma matéria que tem por obrigação dominar, não fosse ele o ponto focal na relação entre Angola e o GAFI.
Gilberto Capeça afirmou que “Angola não regressou à lista cinzenta como se diz”, salientando que o país “está apenas numa lista de monitoramento reforçado, que é diferente de lista cinzenta”.
É preferível acreditar que Gilberto Capeça tenha apostado na mentira para tentar minimizar o impacto psicológico e eventuais consequência do regresso de Angola à ‘Lista Cinzenta’. Sim, é o que efectivamente aconteceu. Contrariamente à afirmação de Gilberto Capeça, Angola regressou mesmo à ‘Lista Cizenta’.
É desconfortável admitir a possibilidade de o responsável máximo da UIF desconhecer que “jurisdições (países) sob monitoramento reforçado” é o mesmo que dizer países na lista cinzenta. Mas, no caso de se tratar de uma mentira, há um aspecto que torna a aposta na mentira uma decisão surreal. É que a verdade está estampada na página do GAFI para qualquer leigo que queira ter a certeza. A instituição tem na página da lista dos países com necessidade de monitoramento reforçado, um quadrado cinzento o "grey list" abaixo. Perante este facto, fica difícil escolher qual dos males é o maior: admitir que Gilberto Capeça mentiu ou que desconhece os factos.
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