UM DISCURSO VAZIO E CONTRADITÓRIO NA TRIBUNA DA ONU
De Janeiro a Setembro, segundo contagem da jornalista Suely de Melo, a chefe de Redacção da Rádio Essencial, o Presidente da República efectuou pelo menos 13 viagens ao estrangeiro. É uma média de quase 1,5 viagens por mês, o que estará a ter reflexos no agravamento das suas próprias contradições e no esvaziamento do seu discurso. A mais recente indicação foram as palavras que proferiu na cimeira que discutiu os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na tribuna da ONU.
Intervindo na qualidade de presidente em exercício da SADC, João Lourenço destacou que a comunidade tem registado “progressos assináveis na implementação das prioridades de cooperação e de integração regional, delineados na Visão 2050 da organização e no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RISDP) 2020-2030”.
Para quem não sabe, a Visão 2050 da SADC assenta em três pilares essenciais, no caso o desenvolvimento industrial e a integração de mercados, o desenvolvimento de infra-estruturas de apoio à integração regional e o desenvolvimento do capital social e humano. O RISDP 2020-2030, por sua vez, é uma espécie de plano operacional dentro da Visão 2050. A própria SADC predeterminou, entretanto, que a concretização dos planos estratégicos e operacionais da região implicam políticas que estabeleçam a segurança, a boa governação e a paz.
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