Um ‘Ecossistema’ de jovens empreendedores
INVESTIMENTOS. A África Ocidental ‘arrisca-se’ a ser um dos principais pólos de atracção na criação de novas empresas, especialmente no ramo tecnológico. Em 2015, assistiu a um ‘boom’ de projectos, na maior parte dos casos, liderados por jovens. A tecnologia e a educação são as áreas que recebem mais investimentos. As mulheres também têm um papel mais activo.
CLIMA FAVORÁVEL PARA NEGÓCIOS: ?Os economistas já consideram a África Ocidental como um ‘ecossistema’ em que proliferam a criação de empresas, sobretudo lideradas por jovens. A explicação para isso é simples: há um clima de negócios favorável, incentivado pelos governos com um elevado número de apoios, há uma classe média a crescer e uma forte competição entre incubadoras de ‘start-ups’.
Em 2015, um terço das empresas criadas teve origem no Gana. O país destaca-se, no continente, pelo forte investimento nas universidades, com realce para as dirigidas às tecnologias, como a Meltwater School of Techonology, que se transformou numa das incubadoras de empresas mais influentes.
A seguir ao Gana, o Senegal e a Costa do Marfim são os que mais se evidenciam na criação de empresas. Um relatório do Banco Mundial indica estes dois países entre os 10 que, em 2015, mais facilidades concederam na realização de negócios.
MAIS JOVENS DO QUE NA EUROPA
São os jovens que têm animado os negócios na África Ocidental. Escolhem preferencialmente as áreas tecnológicas. Dentro da região, a idade média dos empreendedores anda pelos 30 anos. Bem longe, por exemplo, da média europeia que roça os 40 anos. A Guiné-Bissau, com uma média de 26 anos, tem os empresários mais jovens e a Nigéria, com a média de 33 anos, os mais velhos. De acordo com o Banco Mundial, os jovens em África entram mais cedo para o mundo dos negócios do que na Europa e nos EUA.
ESTRANGEIROS E EMIGRANTES AJUDAM
Além dos investidores em cada país, a África Ocidental tem atraído muitos estrangeiros, do continente e fora dele. Também os emigrantes, que escolheram outras paragens, regressam para investir. Por exemplo, dos projectos aprovados em 2015, que beneficiaram de apoios estatais e da banca, 28% dos empresários viviam na diáspora e quase um terço deles residia num país africano fora da região.
MULHERES A SUBIR
Em 2015, mais de 20% das empresas criadas na África Ocidental eram lideradas por mulheres. Esta tendência até é superior à que se encontra em incubadoras famosas como a norte-americana Silicone Valley ou da Índia.
MAIORES INVESTIMENTOS
As tecnologias tradicionais e as novas tecnologias de informação são a s que mais atraem os empresários. Logo a seguir vem a área da Educação, nas mais diversas vertentes. Em destaque, também surgem a energia e o ambiente.
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