PROGRAMA DE REORDENAMENTO DO COMÉRCIO EM CAUSA

Venda desordenada continua a ser uma realidade distante de terminar em Luanda

20 Feb. 2025 (In) Formalizando

COMÉRCIO. Aumento do desemprego e da pobreza continua a empurrar várias pessoas para o negócio informal. Comerciantes continuam a adaptar-se às contramedidas do governo e Associação dos Vendedores Ambulantes desmente a existência de lugares por preencher nos mercados informais.

Venda desordenada continua a ser uma realidade distante de terminar em Luanda

Em várias zonas da capital do país, a venda desordenada, que o Governo Provincial de Luanda tem tentado travar, através do Programa de Reordenamento do Comércio, continua a ser verificada, com os comerciantes a apontarem o aumento do desemprego e da pobreza como a razão da insistência na actividade. 

Com o Programa de Reordenamento do Comércio, desacelerado devido à Nova Divisão Político-Administrativa, a venda desordenada, aos poucos, tem voltado à roupagem antiga, apesar de um ligeiro cerco por parte da fiscalização. Na generalidade, nas zonas com maior fluxo, os comerciantes têm optado por vender em apenas alguns momentos do dia. No caso, no período da manhã, antes do início do expediente dos efectivos da fiscalização e no final. Com a presença dos efectivos, os vendedores deslocam-se em áreas com pouca presença da fiscalização. 

Maria José, viúva e vendedora de bijuterias nos Mercado dos Congoleses, município do Rangel, em Luanda, defende a insistência na venda desordenada por falta de alternativa. “Comecei a zungar nos Congoleses desde que perdi o meu marido, em 2021. Tenho quatro crianças para sustentar, então estar aqui é a minha única saída, prefiro arriscar para não morrermos de fome em casa”, justifica a comerciante que alega não ter espaço no interior do mercado local.

No Mercado do Calemba II, município do Kilamba Kiaxi, apesar de o governo ter conseguido, no passado, criar um aparato para terminar com venda desordenada que obstruía o trânsito e provocava tocos de lixo, actualmente inúmeros vendedores, assolados pela necessidade de sobrevivência, ocupam novamente uma boa parte da estrada e fazem-se aos negócios.  

Para agravar a situação, cria-se um verdadeiro ‘pandemónio’, já que, além do comércio desordenado, os taxistas se juntam à “festa da confusão”, fazendo paragens aleatórias ao longo da zona.

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