Vera Daves admite recuar nas subvenções caso "sinta fragilidades"
A ministra das Finanças, Vera Daves, admite recuar, nalguns casos na intenção de retirar as subvenções às empresas públicas, caso "sinta fragilidades". "Vamos desacelerar este movimento de reformas de remoção de subsídios”, garantiu num encontro promovido pela Católica Lisbon School of Business e Economics.
A ideia, ressalta a ministra, é passar para um sistema em que se deixe de subsidiar as empresas e se passe a subsidiar directamente quem precisa. Deu, como exemplo, o Programa Kwenda em que é previsto uma renda mensal fixa de 8.500 kwanzas para famílias vulneráveis. “Temos de ponderar o momento que vivemos. A condição em que estão as famílias. Para as empresas, mal ou bem, gere-se”.
A ministra admitiu que a subvenção a preços das empresas públicas introduz “ineficiência”, porque "faz com que estes organismos se esforcem menos comercialmente".
Vera Daves anunciou a intenção do Governo de retirar “gradualmente” os subsídios às empresas públicas, à semelhança do que já foi feito nos sectores da energia e águas, "à medida que fomos sentindo que as condições sociais são resistentes o suficiente para aguentar mais um choque".
A ministra participou numa webinar organizada pela Católica Lisbon School of Business e Economics. Foram destacados outros temas sobre a reforma fiscal e a dívida. Vera Daves anunciou que o país está a fazer uma “gestão activa da dívida" e espera reduzir o ‘stock’ de dívida pública para menos de 100% até 2023.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...