‘Vias do Bem’ promete criar 10 mil empregos
RECICLAGEM. Está previsto o arranque, até Dezembro, de um projecto de reciclagem de resíduos sólidos, em Lunada, que promete criar até 10 mil novos empregos para jovens. Iiciativa é da empresa ‘Vias do Bem’.
A empresa ‘Vias do Bem’, em parceria com a ‘I+A consulting’, está a desenvolver um projecto de reciclagem de resíduos sólidos que pretende atingir a ambiciosa meta da criação de 10 mil postos de trabalho para jovens da província de Luanda.
O projecto prevê a criação de uma estrutura de recolha de resíduos sólidos diversos, entre os quais o vidro, o plástico, metais ferrosos e não ferrosos, que, depois de separados, serão transformados, através de técnicas simples de reciclagem, em produtos socialmente úteis.
O responsável da empresa ‘Vias do Bem’, Angelino Kissonde, disse ao VE que “o projecto vai arrancar em Dezembro e, numa primeira fase, somente em Luanda”, tendo reforçado que a iniciativa implicará um investimento na ordem dos 100 milhões de kwanzas.
Engenheiro de construção civil, de profissão, Angelino Kissonde garante que os produtos a serem criados “terão qualidade suficiente para serem comercializados” e “mercado para serem absorvidos”.
“Neste momento, todas as sinergias estão a ser canalizadas no projecto para que, até ao fim do ano, possa arrancar, na província de Luanda, onde há uma grande oferta de mão-de-obra e de matéria-prima”, apontou.
Uma das matérias-primas utilizadas pela empresa é a calha com a qual se consegue produzir, por exemplo, adornos de ‘qualidade’ a baixo custo. A empresa pode também produzir quadros para decoração de salas e escritórios a partir de material descartável de telefones, papel, entre outros.
A empresa é dirigida por uma dupla de engenheiros, nomeadamente Angelino Kissonde e Ismael Garcia. Os dois foram os vencedores da primeira edição do Prémio Inovação de Habitação Social Rural, organizada pela Imogestin. Este galardão premeia os engenheiros e arquitectos que, com recurso a materiais locais, conceberam projectos de habitação rural e urbana acessível à maior parte dos cidadãos angolanos.
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