Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade foi marcada, finalmente, pelo pedido de cessar-fogo, que veio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres que lembrou Israel que “até a guerra tem regras” e voltou a pedir um corredor humanitário para acudir população que está a ser fustigada num evidente castigo colectivo pela barbárie cometida pelo Hamas.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que a actualidade mundial esteve dominada pelo tema da guerra. A guerra da Ucrânia foi substituída no topo das prioridades pela guerra chamada de Israel contra o Hamas mas em que os palestinianos, que não são mencionados, morrem mais. O Hamas, movimento radical que também oprime o seu próprio povo encetou uma campanha de terror contra os israelitas atacando alvos civis, degolando bebés e selvajarias afins segundo assegura o líder israelita a quem deram a desculpa perfeita para responder com o mesmo nível de incúria com a vida humana. Netanyahu está literalmente a terraplanar à bomba o território que o vem incomodando há muito tempo por estar ocupado por cerca de dois milhões de palestinianos e os seus ministros já fizeram saber que a faixa de Gaza vai ficar mais pequena depois da intervenção militar.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde, já sabe, perguntar não ofende depois de uma semana cheia de perguntas em torno do chefe que, ainda para acrescentar no embaraço, tinha visita americana de peso, e que na presença da visita, foi lembrado ou alertado - não precisa de agradecer chefe - de uma cláusula que aprovou no congresso do partido em 2021 e que na situação em que se encontra hoje, o exclui da corrida ao partido que lidera. 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende no final de mais uma semana marcada por falências institucionais públicas diversas, algumas com consequências mortais... O Valor Económico da semana que passou trazia - para além do aviso do Centro de Investigação da Universidade Lusíada de que a inflação mais provavelmente estará acima dos 22% em vez dos quase 13% assumidos pelo Instituto Nacional de Estatística - uma reportagem daquelas que provavelmente só em Angola seria possível... 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade mundial foi marcada primeiro pelo terremoto em Marrocos que matou perto de três mil pessoas e depois por cheias devastadoras na Líbia cujo número de mortos ultrapassou os 10 mil e pode chegar ao dobro graças a uma onda de sete metros causada pela ruptura de duas barragens depois de um furacão. A mãe natureza volta e meia a lembrar a espécie humana da sua fragilidade.