Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que, a Human Rights Watch (HRW) outra organização internacional dos direitos humanos afirmou que desde janeiro deste ano as forças de segurança cometeram mais de uma dúzia de execuções, bem como vários outros abusos graves como detenções arbitrárias de manifestantes e activistas políticos. A HRW lembra do conhecimento do governo dos casos e de como os ignora ostensivamente sem que existam investigações credíveis, uma atitude que naturalmente incentiva a violência contra cidadãos por parte do Estado. Vale lembrar também a propósito que a UNITA fala em mais de 170 assassinatos de cidadãos pelas mãos das forças de segurança entre 2017 e 2023.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde, já sabe, perguntar não ofende, depois de uma semana em que África viveu mais um golpe de Estado militar, desta vez no Níger, que, desde 2020, depois do Mali e do Burquina Faso, que naturalmente apoiam o novo golpe, é o terceiro Estado a viver um golpe - DESTE TIPO. Vale a pena a descrição golpe DESTE TIPO porque como sabemos há outro tipo de golpes que, não sendo militares, têm o mesmo efeito de sequestrar o poder das mãos dos eleitores e de coartar a democracia, golpes constitucionais que contam com o ‘cafrique’ a instituições fracas e que se submetem a poderes de gente não eleita e que não representa a maioria...