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Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que a nossa actualidade andou marcada por protestos violentos e que se tornaram sangrentos e em que, ao contrário de muitas vozes que cobravam uma intervenção pública do chefe de Estado e do estado de coisas, pessoalmente, e a avaliar pela qualidade das intervenções públicas que o chefe faz frequentemente, eu não tinha qualquer pressa em ouvir o que teria para dizer.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade foi marcada por recuos e avanços do populismo político a nível global.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que o chefe foi aos BRICS em vez de à Casa Branca acompanhar os outros cinco presidentes africanos que foram assinar o acordo de paz entre a RDC e o Ruanda. Um acordo que levanta perguntas várias, a começar com “quanto tempo irá durar?” E “será que o Ruanda vai cumprir este acordo e retirar tropas de uma zona mina que é um evidente alicerce financeiro para a economia e para o regime ruandês?” É claro que o nosso 'voador' não escolheu ficar de fora apesar de ter ficado amuado com a forma como Kagame ridicularizou os seus esforços pacificadores, Trump é que provavelmente não efectivou o convite informal que havia feito em frente às câmaras há umas semanas.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que o governo aumentou o preço do gasóleo para 400 kwanzas por litro, em cumprimento de um calendário que não é do conhecimento público - porque o governo não sente necessidade de dar cavaco, de dar satisfações à população - mas que sabemos que dita como meta a remoção dos subsídios aos combustíveis que é parte dos acordos de financiamento com o Fundo Monetário Internacional.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que o estado da Justiça voltou a marcar a actualidade nacional com o Procurador-Geral da República da República, que está em fim de ciclo e por isso tem tempo suficiente de casa para falar com mais propriedade do que a maioria, a afirmar que ‘a Procuradoria-Geral da República tem estado a cometer erros em vários processos e que alguns procuradores erram propositadamente’.