ZUNGUEIRA
Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo, querido leitor, a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que o chefe concretizou o sonho de estar em Washington novamente ao lado do homem mais poderoso do planeta o presidente dos EUA, Donald Trump. Cada um com os seus sonhos, mais sorte teríamos se o sonho fosse em vez uma Angola melhor para os angolanos. Voou rápido; parece que nem esperou o adeus da vice; foi em surdina, talvez para não alertar os invejosos, não fossem por olho gordo na viagem de suma importância.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada por mais um vergonhoso golpe palaciano em nome do que não é senão sede de poder e que vem lembrar, pouco tempo depois do que assistimos na Tanzânia, nos Camarões, e em Moçambique antes disso, o quão frágil é a relação das nações africanas com os valores democráticos, mais concretamente com o respeito pela vontade do povo expressa nas urnas. O distintivo da Guiné-Bissau até agora é a preservação da vida, que esperemos que se mantenha num país famoso pelos seus mais de 20 golpes e tentativas de golpe desde a independência em 1974, mas que tem muito mais para dar do que manchetes sobre intentonas e tráfico de droga como escrevia o jornalista e escritor de mão cheia, Sousa Jamba num belíssimo texto sobre a triste situação da Guiné-Bissau.

Seja bem-vindo, querido leitor, a este seu espaço onde perguntar não ofende, no final de uma semana com a actualidade marcada quer a nível da actualidade internacional, quer a nível interno, pela literal indecência tantas vezes inerente à política.

Seja bem-vindo, querido leitor, a este seu espaço onde perguntar não ofende, no final de uma semana em que provavelmente o leitor nem aí esteve porque ‘só deu’ jogo Angola-Argentina.

Seja bem-vindo, querido leitor, a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada a nível internacional pela eleição no estado americano de Nova Iorque de um imigrante nascido em Kampala, no Uganda, um jovem, 34 anos apenas, muçulmano e de esquerda, a quem Trump apelida de comunista. Zohran Mamdani ganhou o Estado que viu nascer Donald Trump, que leva assim a primeira grande derrota desde que assumiu a presidência dos EUA, ele que apoiou fervorosamente o opositor de Mamdani nas eleições.