Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

eja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a actualidade americana foi marcada por nomeações polémicas para o governo e para pastas vitais, em que à semelhança das nomeações que são feitas entre nós, parecem usar critérios completamente ad hoc, critérios de amiguismo básico que só não traduzem nepotismo por falta de consanguinidade, critérios que são tão obscuros quanto são os critérios que ente nós vêm nomeando gestores para cargos públicos, não só sem provas dadas de competência por onde passaram como por vezes com várias provas de incompetência gritante pelo caminho... Os nossos exemplos são demasiados, a começar com o líder que foi apontado com base saberá Deus e o falecido que o pôs lá em que prova de competência para o cargo à parte de uma lealdade bem fingida, mas são exemplos que se tornaram quase tradição.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que até os violentos protestos pela democracia nas ruas em Moçambique, em que até a re-eleição de Trump nos EUA, tudo ficou em segundo plano entre nós, porque a semana foi do Baltazar... Gostamos de uma boa novela e a Guiné Equatorial, que quase nunca foi notícia internacional, particularmente não por tanto tempo, tomou conta da nossa actualidade. 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana que continuou a ser muito marcada por processos eleitorais mais ou menos turbulentos.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada pela perda prematura e traumatizante de um dos fundadores do sindicato dos jornalistas, Ismael Mateus, professor, comentador jornalista, amigo e querido de tantos na classe, uma perda que entristece todos independentemente de qualquer discordância momentânea de posições, sobretudo uma perda traumática para a família a quem só se pode desejar muita força neste momento.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada a nível internacional pela queda estrondosa do rapper mundialmente famoso Sean Combs, aka Puff Daddy, aka P Diddy. Super influente e poderoso na indústria da música, capaz de lançar ou desgraçar carreiras, dono de uma fortuna estimada acima dos 600 milhões de dólares, foi preso em Nova Iorque acusado de tráfico sexual, de abuso sexual de violação e de mais uma série de crimes de índole macabra. Dá a impressão de acção concertada para o destruir, até porque muitos dos casos são antigos e até casos que ele já teria sanado de modo extrajudicial, mas não há dúvidas de que muitas das alegações de que drogou e violou pessoas são verdadeiras. E o pior é que as famosas festas que organizava e que incluíam grande parte das celebridades de Hollywood, cantores, actores, produtores, estrelas do desporto, de tudo um pouco que marcaram a nossa infância e continuam a marcar o nosso quotidiano porque a América continua a ser a número um em exportação cultural, o pior é que todos os dias aparecem participantes das festas que nos são queridos e que nos fazem arrepiar de horror pela possibilidade de envolvimento em toda aquela sujeira ritualística que está a vir ao de cima com a queda de Diddy.