“A maior parte dos clientes (das concessionárias de viaturas) são empresas. Os particulares desceram muito desde 2014”
Assumiu a presidência da Acetro há quatro meses e aponta a falta de regulação e a informalidade como principais problemas do sector automóvel. A também administradora do Grupo Cosal fala da experiência por que passaram após o ataque cibernético no ano passado, o que forçou a empresa a recomeçar do zero com a decisão de não pagar o resgate.

Quais são os maiores desafios da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transporte Rodoviário e Outros (Acetro) no seu mandato?
O maior desafio da Acetro é o Decreto 155/20, de 1 de Junho, que nos ajuda a regular o mercado para haver alguma ordem. Com isso vamos meter ordem em muita coisa. Se o decreto for como esperamos e de acordo com o que temos vindo a trabalhar, será um grande avanço. Uma das coisas que vai melhorar é, por exemplo, o problema das peças contrafeitas, com as quais todos nós deparamos, e que não são nada boas para o cliente final.
O que se verifica é que a venda de peças é dominada por cidadãos libaneses ou nigerianos, é isso que vos preocupa?
Não é tanto os libaneses, mas não vamos estar aqui a escolher as nacionalidades.
Então é o domínio do mercado informal que vos preocupa?
É o mercado informal, mas o mercado informal é tanto nas peças, quanto nos carros. Daí que um dos outros temas pertinentes que este decreto também vai tentar regular são as homologações. Não pode qualquer um homologar uma viatura porque são as fábricas e as concessionárias que têm relação directa com as fábricas que determinam se o produto é adequado para o mercado. As próprias fábricas têm definido quais são os produtos para os diferentes mercados e nós vemos em Angola muitos carros que não estão homologados pelas marcas para este mercado. Por isso, muitas vezes, as pessoas dizem “não há peças para este carro, pois não, há peças para os carros homologados e que as marcas trasem para o país”.
Para ler o artigo completo no Jornal em PDF, faça já a sua assinatura, clicando em 'Assine já' no canto superior direito deste site.
13 membros dos órgãos sociais da Bodiva recebem 545,3 milhões em três...