Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que o aniversário do 25 de Abril, a revolução portuguesa que teve raíz em África e que pôs fim à ditadura e ao colonialismo português, proporcionou uma rara - muito rara mesmo - oportunidade de o Chefe de Estado falar em público sem nos envergonhar completamente a todos... Aqui vai um obrigada - que só não é maior porque se trata de uma função remunerada – mas, ainda assim um singelo obrigada a quem escreveu o discurso que o Chefe leu sem os desvios e devaneios que são rotineiramente embaraçosos.

 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende no final de uma semana em que a actualidade mundial andou marcada novamente pelo espectro, pelo fantasma da guerra mundial depois de o Irão atacar Israel em resposta a um ataque e que motivou outro ataque por parte de Israel... O perigo de uma terceira guerra mundial é real porque bem diferente dos palestinianos, os iranianos têm armas. Segundo algumas alegações até propensão para ter armas nucleares, são uma potência militar inquestionável. Mesmo sem armas nucleares as forças militares do Irão, segundo um ranking que mede e compara a capacidade militar dos países, têm vantagem na maioria dos indicadores como homens, poder naval, logístico, terrestre e recursos naturais enquanto Israel tem vantagem em termos de geografia e meios aéreos. Israel posiciona-se como o décimo sétimo país mais poderoso a nível militar e o Irão como décimo quarto. É verdade que Israel tem as ‘costas quentes’ por causa da amizade com os Estados Unidos da América que ainda na semana que passou vetou a entrada da Palestina para a ONU novamente, no entanto, se estes se metem na disputa e os aliados do Irão, e todos quantos estão muito cansados do status quo geopolítico se metem também na bulha, poderemos bem ter um conflito à escala mundial de consequências incalculáveis... 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que morreu, de cancro aos 76 anos, OJ Simpson, o ex-atleta jogador de futebol americano que foi o protagonista de um dos julgamentos mais mediáticos de todos os tempos, que aconteceu em 1995 e que já naquela altura 150 milhões de pessoas assistiram em directo na televisão. Orental James Simpson foi acusado do assassinato da ex-mulher e do amigo dela à facada, num julgamento que dividiu opiniões tanto na EUA como no resto do mundo, que levantou questões de racismo, de classicismo que inclusive, segundo um artigo do New York Times, deu projecção ao primeiro Kardashian famoso, mas que sobretudo que colocou a justiça, no caso o ministério público americano que o acusava, no lugar de réu, por ter possivelmente cometido erros como a famosa luva que pediram a Simpson para calçar e que como lá se observa o In dubio pro reo que entre nós se ignora tantas vezes, levou a que fosse inocentado... Um caso que deixou no ar imensas perguntas por responder e que deu azo a múltiplos livros, séries e filmes.

 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que a política ‘lourencista’ aparentou ter feito uma inversão de marcha importante... É verdade que do condutor se tem visto algum ‘sinaliza à direita - vira à esquerda’, alguma imprevisibilidade e instabilidade que se torna problemática para quem tem de lhe seguir a batuta e depois para o país que dirige, no entanto, como se diz na gíria “Haverá sinais” e esses sinais de de assunção de insucesso e inversão de planos e posturas poderão estar timidamente a aparecer...

 

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana de Páscoa em que fizeram eco nas redes sociais palavras atribuídas ao papa dizendo “comam o que quiserem porque o sacrifício está no coração e não e não na boca”. Uma mensagem bonita, mas que segundo as várias plataformas de factchecking, de verificação de informação não foi proferida pelo Papa, pelo menos não oficialmente. Mais um exemplo de conteúdo falso que circula nas redes sociais e que lembra sempre porque é que elas não podem substituir os jornais e os meios clássicos de informação que têm informação verificada e que cumprem regras de deontologia jornalística.