Podemos considerar que 2024 foi positivo para o sector petrolífero, visto que, pela primeira vez, nos últimos anos, a produção petrolífera superou a previsão inscrita no OGE?
Definitivamente pode dizer-se que sim. Porém, se a previsão para 2024 era pessimista e tendo em consideração que a diferença não é significativa, este resultado é irrelevante. Os resultados poderiam ser melhores se quem controlasse a produção fosse uma companhia nacional, nunca as expatriadas.
Valor Económico
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre...
Como avalia o desempenho da justiça em 2024? Não vejo nada para destacar ou isolar o ano de 2024. Para este ano estava previsto o julgamento de um processo que se enquadra no alegado combate à corrupção, no caso dos generais Kopelipa e Dino, mas que foi adiado para 2025…
A justiça não pode só estar bem ou mal quando estão pessoas importantes nos tribunais. Não avalio a justiça pelos casos mediáticos, isso é um populismo que se criou. A justiça não pode doer só quando o injustiçado é um rico. Temos excessos de presos. Olho para a questão da justiça na generalidade e os problemas da nossa justiça são conhecidos, que é a ineficiência e estar condicionado ao poder político, pela via do orçamento. Quem no fundo acaba por ter poder sobre o poder judicial é o Executivo por via do Ministério das Finanças. Eles é que sabem o dinheiro que dão e quando dão. Não há independência financeira nos tribunais, são reféns do Executivo. Temos de começar a reflectir a justiça não de forma isolada, temos que ver o sistema, o resto são consequências.
Festas em Angola deixaram de ser negócio rentável
Eventos. Aumento dos custos com bebida e aluguer de espaços e dalta de patrocínios apontados como as maiores dificuldades no sector. Para sobreviver alguns organizadores de eventos têm optado por prestar serviços aos colegas do ramo.
“A diversificação da economia não pode ocorrer ...
Como avalia o desempenho do empresariado em 2024?
O ambiente de negócios não se apresenta muito favorável ao desempenho empresarial. Porém, alguns sectores apresentaram desempenho mais significativo do que outros, a demonstrar que, mesmo em condições não tão propícias, é possível avançar em direcção aos objectivos traçados. Neste sentido, a capacidade de resiliência e inovação dos gestores faz o diferencial competitivo das empresas.
Qual é a estratégia de captação de investimento, face à integração de Angola na lista cinzenta do GAFI?
A inclusão de Angola na lista cinzenta do GAFI é um desafio enorme e todo desafio deve ser transformado em oportunidade, para conformamos todos os ‘itens’ em aberto. Na AIPEX, em colaboração com outras instituições governamentais, estamos a trabalhar para mitigar os efeitos sobre os investidores estrangeiros e nacionais. É fundamental reforçarmos a comunicação acerca dos avanços que Angola tem alcançado em termos de conformidade regulatória e combate ao branqueamento de capitais. Apesar das dificuldades, conseguimos demonstrar o comprometimento de Angola com as reformas necessárias, mantendo o interesse dos investidores em sectores estratégicos. Angola é um parceiro sério, com visão de longo prazo, devemos crescer de forma sustentável, comprometidos com o desenvolvimento sustentável e com reformas estruturais alinhadas às melhores práticas financeiras internacionais.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...