Gabinete para reduzir burocracia
A direcção da Zona Económica Especial Luanda-Bengo pretende criar, ainda este ano, um Gabinete de Apoio ao Investidor, com a intenção de contribuir para a produção interna e a exportação.
A gestão da ZEE explica, em comunicado citado pela Angop, que, entre outras vantagens, o gabinete vai permitir reduzir o tempo necessário para o acesso e resolução de assuntos referentes à administração pública e contribuirá para um “aumento significativo” do número de empresas na ZEE. Espera-se ainda que o órgão seja um meio para a eliminação dos “obstáculos burocráticos” que podem prejudicar o programa de privatizações do Governo. A ZEE conta com 132 projectos industriais e comerciais, 75 dos quais em pleno funcionamento, 11 em fase de reestruturação, sete a aguardarem pela conclusão do processo de privatização, um pronto a iniciar a actividade produtiva, 18 em fase de construção e 20 em fase de implantação.
De acordo com o comunicado, lançado a propósito da celebração do 12.º aniversário da ZEE, assinalado a 15 de Outubro, 60% dos projectos são relativos a fábricas, 25% têm que ver com estabelecimentos comerciais e 10% com serviços.
“A dinâmica empregadora nem sequer foi afectada pela pandemia, já que os projectos aprovados pela direcção desse empreendimento, nos últimos 12 meses (de Outubro de 2020 até agora), vão proporcionar a criação de 3.301 postos de trabalho para angolanos e apenas 32 para expatriados”, refere a mesma nota, admitindo ainda que “a redução das importações, aumento das exportações e a captação de investimento estrangeiro estão bem reflectidos na produção crescente da ZEE com a implementação, no último ano, de projectos de investimentos oriundos da Alemanha, Eritreia, Índia, Ruanda, Líbano e Angola”. Uma realidade que representa um investimento superior a 725 mil milhões de kwanzas (cerca de 1,163 mil milhões de dólares) há cinco anos.
Os projectos gerados nestes 12 anos de existência da ZEE, segundo os seus gestores, criaram 6.132 novos empregos, na sua maioria preenchidos por nacionais.
JLo do lado errado da história