Aeroporto de Luanda visto à lupa por peritos Aeroporto de Luanda visto à lupa por peritos
AVIAÇÃO. Resultados das inspecções podem ser entregues a Angola nas próximas semanas. INAVIC espera melhores resultados.
Quatro peritos internacionais pertencentes à Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) realizam uma auditoria ao aeroporto de Luanda, no âmbito do Programa Universal de Supervisão e de Segurança, sete anos depois da última inspecção.
A auditoria, que termina amanhã, terça-feira, é considerada de rotina e permite avaliar as capacidades de supervisão em matérias de segurança dos Estados-membros. A última vez que o aeroporto internacional viu os peritos do ICAO foi em 2011. A instituição deixou, na altura, ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC), um conjunto de recomendações para o reforço da segurança.
Estas directrizes foram sendo acatadas ao longo dos sete anos, garante o instituto. A auditoria pretende fiscalizar os aspectos de segurança aeroportuária, relacionados com o perímetro e os acessos, as interferências ilícitas e a revista que será feita a passageiros e bagagens.
“É uma segurança que começa no chão para avaliar como Angola lida com esses aspectos”, afiança o director do INAVIC, Rui Carreira, ao VALOR. O instituto garante que “está à vontade” com a auditoria que o ICAO está a realizar e acredita que vai obter “melhores resultados” do que os que foram alcançados há sete anos.
O relatório da auditoria ficará concluído e enviado a Angola nas semanas a seguir ao término da auditoria.
Lista ‘negra’ contestada
Angola tem contestado junto da Comissão Europeia a listagem que é feita em relação às 13 companhias aéreas angolanas proibidas regularmente de voar para aeroportos da União Europeia, por não respeitarem normas de segurança, com excepção da transportadora nacional, TAAG, mas esta, ainda assim, com limitações.
O INAVIC refere que as companhias aéreas, citadas regularmente desde 2007, operam apenas no espaço aéreo angolano, com excepção da TAAG e da Sonair, esta última com voos internacionais não regulares.
Rui Carreira critica também as notícias sobre a actualização das listas da Comissão Europeia, citando as transportadoras nacionais, que são divulgadas, desde 2007, de seis em meses. “Quando a lista é actualizada, os jornalistas escrevem como se de um facto novo se tratasse. Não é. Essas companhias são citadas duas vezes por ano”, esclarece.
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