Emigração.  Mulheres e jovens são os que mais deixaram o país. Angola saiu da sétima posição da população estrangeira a residir em Portugal para a terceira. Situação económica e busca por melhores condições de vida entre as motivações.

O número de angolanos em Portugal aumentou 447,9% na era do actual Presidente da República. Em 2017, quando João Lourenço chegou ao poder, viviam em Portugal, como residentes, 16.854 angolanos. Em 2024, essa população disparou para os 92.348, de acordo com dados do último Relatório de Migração e Asilo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), divulgados na última semana. 

Com as mulheres a representarem pouco mais de 52% (48 495) dos mais de 92,3 mil, os dados  mostram que os angolanos representam cerca de 6,9% do total de imigrantes em Portugal e, destes números, não constam os que têm dupla nacionalidade.  

A instabilidade económica, a falta de poder de compra, a busca por melhores condições de vida e falta de oportunidades foram essenciais para a ‘fuga’ de muitos angolanos para terras lusas. As facilidades de residência implementadas pelo Governo português para os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) também impulsionaram esse aumento. 

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