EM NOVO ARMAZÉM

Angonabeiro investe dois milhões de euros

PRODUÇÃO. Café angolano pode atingir outros mercados. Grupo português já vende em 30 países. Dubai é a nova aposta.

 

Angonabeiro investe dois milhões de euros

A Angonabeiro, do grupo português Nabeiro, está a investir mais de dois milhões de euros num armazém, com a previsão de terminar brevemente, com vista “a dinamizar as operações no mercado angolano”.

Com quatro mil metros quadrados, a unidade está a ser erguida em Luanda, no espaço da antiga fábrica Liangol, que foi privatizada a favor do grupo Nabeiro em 2014.

A empresa declara já ter feito investimentos “elevados” desde a sua instalação em Angola, há mais de 20 anos, e reafirma a aposta de continuar a investir no país, segundo o seu administrador João Manuel Nabeiro, durante a visita do primeiro-ministro português, António Costa, às suas instalações.

Pelos cálculos da empresa, a sua produção anual tem rondado as 500 toneladas, 70% das quais destinadas aos mercados nacional e português e os restantes 30% para a exportação para mais de 30 países, inlcuindo Espanha, França, Senegal e Cabo Verde. Sem descartar a possibilidade de avançar para mais países, João Nabeiro anunciou a expansão do café para o Dubai nos Emirados Árabes Unidos. “Somos todos os dias contactados por vários agentes. Já estamos directamente no Dubai e foi uma situação em que nos bateram à porta. Mas a intenção é mesmo solidificar onde já estamos”, refere o gestor.

O VALOR noticiou, em meados do ano passado, que a Angonabeiro previa ter um crescimento de 20% nas vendas de café, face aos 30 milhões de dólares de facturação de 2016. Nesse ano, a empresa produziu aproximadamente 300 toneladas de marca nacional Ginga e exportou 200, quantidade que, segundo João Nabeiro, só não foi maior devido ao preço de aquisição do café que foi superior à cotação internacional.

A empresa compra cerca de 80% da produção em Angola, principalmente a espécie robusta, que é considerada de “excelente qualidade”. Após a compra, a maior parte do café verde é exportada para a empresa-mãe, em Portugal, que faz a torrefacção.