Aumentam as denúncias de corrupção
A Odebrecht movimentou mais de 3,39 mil milhões de dólares em pagamentos ilícitos entre 2006 e 2014, relatou o ex-funcionário da empreiteira Hilberto Mascarenhas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Numa declaração divulgada pelo jornal brasileiro Folha de S.Paulo, o ex-executivo da Odebrecht detalhou que, entre 15% e 20% deste dinheiro, que corresponde aos valores de 500 milhões até 680 milhões de dólares, foi usado no financiamento ilícito de campanhas políticas no Brasil.
A outra parte do dinheiro movimentado pelo sector de Operações Estruturadas da Odebrecht - área criada dentro da empresa para pagar ‘luvas’ segundo informações divulgadas pela Operação ‘Lava Jato’ numa das etapas das investigações dos crimes cometidos na Petrobras-, foi empregada para subornar e receber vantagens em obras e serviços no exterior.
O ex-funcionário da Odebrecht também detalhou a movimentação anual do ‘departamento de luvas’ ao juiz Herman Benjamin do TSE, que está a julgar um processo contra a coligação da ex-presidente Dilma Rousseff e do actual presidente Michel Temer nas presidenciais de 2014.
O montante total é três vezes maior do que uma estimativa divulgada no final de 2016 num relatório do Departamento de Justiça dos EUA, que apontou que a Odebrecht juntamente com a Brasken - braço petroquímico do Grupo Odebrecht -, teria pago 1,038 milhões de dólares num amplo esquema criminoso de pagamento de luvas no Brasil e em outros 11 países.
‘LUVAS’ DA ODEBRECHT
De acordo com as denúncias do funcionário da empresa brasileira, o “departamento de luvas” disponibilizou verbas nos últimos anos que foram sempre subindo, com exepção de 2014 quando o escândalo estava no auje.
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