Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu, durante a 122ª reunião da Comité de Política Monetária (CPM), reduzir em um ponto percentual a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez, saindo de 18,5% para 17,5%, justificando a decisão com objectivo de “sinalizar a necessidade de uma maior dinâmica no mercado monetário interbancário”. A taxa Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez é dos instrumentos de controlo dos níveis de liquidez na economia. Quanto mais alta for a taxa, mais os operadores comerciais têm apetência em financiar operações do BNA. 

O Banco Central manteve, por outro lado, inalterada a Taxa BNA em 19,5% e a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 20,5%.

Em relação ao mercado monetário, o BNA informou que “a base monetária em moeda nacional contraiu 3,62% no mês de Fevereiro de 2025, depois de já ter contraído 0,07% no mês de Janeiro, fixando a variação acumulada em 3,69%”. A redução deveu-se à “diminuição das notas e moedas em circulação e também nas reservas obrigatórias em moeda nacional, que contraíram em 0,45% e 10,96%, respectivamente”.

Já o stock de crédito à economia, em moeda nacional, atingiu 6,24 biliões de kwanzas, em Fevereiro, um aumento de 3,47%, face a Janeiro e um aumento acumulado de 3,87%, ou seja, 232,77 mil milhões de kwanzas. 

Na sessão que aconteceu em Ondjiva, no Cunene, Tiago Dias, governador do BNA, apresentou o panorama da situação económica do país e, recorrendo aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,4% em 2024, como resultado da expansão da actividade petrolífera em 2,9% e não petrolífera em 4,9%.