Contestação da acusação pela CIF e interrogatório a Kopelipa marcam 8ª sessão do julgamento
JULGAMENTO. Primeiro arguido a ser interrogado, Kopelipa nega todos crimes de que é acusado. Caso já vai na fase de produção de provas. Defensor oficioso da CIF vê negado pedido de absolvição da constituinte.

A oitava sessão de julgamento do mediático caso que envolve os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior ‘Kopelipa’ e Leopoldino Fragoso do Nascimento ‘Dino’ ficou marcada pela contestação do defensor oficioso da China Internacional Found (CIF) que requereu a absolvição e restituição dos bens da empresa por entender não haver comportamentos que configurem crimes.
A sessão iniciada nesta segunda-feira, 02, e que se estendeu até terça-feira, serviu também para o interrogatório ao general Kopelipa, acusado, através do processo n.º 38/2022, dos crimes de tráfico de influência, branqueamento de capitais, peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder.
Durante o interrogatório, Kopelipa, o primeiro arguido a ser ouvido entre os sete arrolados no processo, negou todos os crimes que lhe são imputados pelo Ministério Público, considerando ser “inverídico” e chegando a afirmar que há “muita confusão” nos factos apresentados pelo Ministério Público.
Segundo o general, não houve nenhum contrato de empreitada entre o Gabinete de Reconstrução Nacional do Governo (GNR) e a CIF Angola, como consta nos autos, em que a acusação refere que o projecto habitacional do Zango Zero era público, mas que em 2010 foi repartido em dois, passando para uma entidade privada, o que Kopelipa negou.
Kopelipa referiu ainda que a GNR e a CIF chegaram a assinar um memorando de entendimento que tinha como obrigação assegurar um quadro de incentivo dos investimentos da empresa chinesa em Angola, como assegurar os “desembaraços” aduaneiros de mercadorias para pagamentos posteriores, assim como assegurar o acesso aos terrenos e “segurança protectiva” à implementação dos seus investimentos.
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